Dia dos Mortos.
O título bem que parece de filme de terror, mas na verdade o tema tratado é sobre o feriado em honra aos finados. É um dia em que todos param para relembrar os entes que se foram. É o dia em que todos pensam, mesmo que às escondidas, nas suas próprias mortes, em como quando poderão surgir. É também o dia em que os comerciantes dos dias dos mortos vendem suas coroas e flores, lucrando um pouco com a dor dos outros. A morte é o norte da vida, a lei da natureza, onde nada vivo resta!
A morte é cantada e contada em versos, prosas, poesias e teses literárias e científicas desde o alvorecer dos tempos, algo que estamos pra lá de acostumados. A transição não é dolorida; dolorida, a vida, a lida com o dia-a-dia, o sol-a-sol, noites e noites, madrugadas a fio, sombras, dissabores e tardes, credos, crenças e horrores, labores vários.
Tudo é fluxo! A transição é a dor. A vida em si é um processo, e todo processo raspa nas beiradas do trajeto. A morte é apenas uma passagem para um período de descanso e reabilitação, a fim de que retornemos bem à próxima etapa da transição. Não pense que a dor da vida é algo ruim. Não! A dor da vida é imprescindível para a evolução. Sem dor, estaciona-se, estagna-se, paralisa-se, enche-se de moscas e baratas, vira-se quase planta, quase o inanimado. A dor faz com que o amor cresça, se há amor; faz com que haja compaixão, compreensão, gera paciência, experiência, desenvolvimento, crescimento.
Sei que parece difícil e que não vale à pena conjeturar-se sobre tais fatos, mas a morte é um processo natural. Não devemos temer o inferno e nem ambicionar o paraíso, devemos levar nossos dias buscando o melhor para nós e quem estão ao nosso redor, mesmo que tudo, dentro do cansaço de nossas mentes e corpos, pareça em vão...
Viva o dia dos mortos!
Viva o dia dos vivos!
Viva o dia dos tortos!
SAvok OnAitsirk, 01.11.11.