NA CLAUSURA
( A foto é da fachada da Igreja de Nossa Senhora das Graças de Franca- SP)
Inspirado no poema:
"ESCRAVATURA AINDA NA CLAUSURA"
do poeta/amigo
FERNANDO A FREIRE
Oi, Fernando, ontem lembrei-me de você, deste seu poema: "Escravatura ainda na clausura", ao chegar na casa da minha sobrinha, era cedo ainda, umas oito e meia da manhã. Havia uma mulher sentada na calçada em frente. Era muito magra, parecia frágil e era afro descendente, é assim que agora devemos chamar os negros...e percebi que ela não havia dormido ainda. Fiquei com pena dela, talvez fosse uma mulher que tem aquela vida que dizem que é fácil, mas deve ser a mais difícil das profissões. Ela parecia muito triste, talvez tivesse usado drogas, não sei. Eu fiquei pensando na vida dela que devia ser tão diferente da vida de minha sobrinha, que naquele momento estava limpando a casa nova para fazer a mudança.. Não pude deixar de pensar nas injustiças desse mundo... E então enquanto nós estávamos jogando água e sabão na cozinha e na área, entrou o funcionário da vidraçaria para colocar o vidro na porta da área de serviço...Ele era um rapaz muito alto e também afro descendente..era um moço alegre, bonito e forte.. perguntei a ele sua altura...ele me disse : dois metros..!!! então perguntamos se ele jogava basquete, ele disse que sim, ( Franca é a terra do basquete, além de ser a terra do calçado) e eu fiquei pensando na moça, na sua fragilidade sentada na calçada e pensei: As mulheres ainda são mais sofridas, discriminadas e então não pude deixar de lembrar o que você mesmo comentou: que ainda se busca moças como ela nas cidadezinhas para trabalharem como domésticas por um preço irrisório ai na sua região. Aqui o preço de uma faxina está bem alto... O problema é que algumas moças quando entram por um caminho, não sabem recomeçar. O trabalho doméstico também é muito cansativo, mas é sempre um trabalho honesto.
Resta-me então orar por aquela moça, e por todos os jovens, sendo
de qualquer raça, credo ou cor. Que eles possam encontrar um tra-
balho honesto que os torne pessoas dignas e libertas!
Abraços Fernando...bom domingo!
&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&
30/10/2011 10:07 - DA MONTANHA
Gostei, desse seu olhar atento e sensível ao que muitos nem percebem. Ah tava aqui revendo coisas e achei um poema sobre a minha terra e sua também, claro. É esse aqui, depois de uma olhada http://www.recantodasletras.com.br/poesiassurrealistas/1360993. Com um beijo, desde a montanha, João.
Seguindo a indicação do meu conterrâneo:
"Da Montanha", fui ler seu poema e tão
lindo achei que o trouxe aqui para todos
lerem também...
A CIDADE AO ESPELHO
Da Montanha
À Franca, minha Terra Natal
Linda pentea-se
Ruas avenidas
Esquinas
Dobras que
Troncos galhos flores
Vê-se à praça
Deixando-se ficar
Aos bancos
À luz lunar
Que às graças
Com sua graça
Flerta
Perdida
Em amores
Às próprias ruas.
( A foto é da fachada da Igreja de Nossa Senhora das Graças de Franca- SP)
Inspirado no poema:
"ESCRAVATURA AINDA NA CLAUSURA"
do poeta/amigo
FERNANDO A FREIRE
Oi, Fernando, ontem lembrei-me de você, deste seu poema: "Escravatura ainda na clausura", ao chegar na casa da minha sobrinha, era cedo ainda, umas oito e meia da manhã. Havia uma mulher sentada na calçada em frente. Era muito magra, parecia frágil e era afro descendente, é assim que agora devemos chamar os negros...e percebi que ela não havia dormido ainda. Fiquei com pena dela, talvez fosse uma mulher que tem aquela vida que dizem que é fácil, mas deve ser a mais difícil das profissões. Ela parecia muito triste, talvez tivesse usado drogas, não sei. Eu fiquei pensando na vida dela que devia ser tão diferente da vida de minha sobrinha, que naquele momento estava limpando a casa nova para fazer a mudança.. Não pude deixar de pensar nas injustiças desse mundo... E então enquanto nós estávamos jogando água e sabão na cozinha e na área, entrou o funcionário da vidraçaria para colocar o vidro na porta da área de serviço...Ele era um rapaz muito alto e também afro descendente..era um moço alegre, bonito e forte.. perguntei a ele sua altura...ele me disse : dois metros..!!! então perguntamos se ele jogava basquete, ele disse que sim, ( Franca é a terra do basquete, além de ser a terra do calçado) e eu fiquei pensando na moça, na sua fragilidade sentada na calçada e pensei: As mulheres ainda são mais sofridas, discriminadas e então não pude deixar de lembrar o que você mesmo comentou: que ainda se busca moças como ela nas cidadezinhas para trabalharem como domésticas por um preço irrisório ai na sua região. Aqui o preço de uma faxina está bem alto... O problema é que algumas moças quando entram por um caminho, não sabem recomeçar. O trabalho doméstico também é muito cansativo, mas é sempre um trabalho honesto.
Resta-me então orar por aquela moça, e por todos os jovens, sendo
de qualquer raça, credo ou cor. Que eles possam encontrar um tra-
balho honesto que os torne pessoas dignas e libertas!
Abraços Fernando...bom domingo!
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30/10/2011 10:07 - DA MONTANHA
Gostei, desse seu olhar atento e sensível ao que muitos nem percebem. Ah tava aqui revendo coisas e achei um poema sobre a minha terra e sua também, claro. É esse aqui, depois de uma olhada http://www.recantodasletras.com.br/poesiassurrealistas/1360993. Com um beijo, desde a montanha, João.
Seguindo a indicação do meu conterrâneo:
"Da Montanha", fui ler seu poema e tão
lindo achei que o trouxe aqui para todos
lerem também...
A CIDADE AO ESPELHO
Da Montanha
À Franca, minha Terra Natal
Linda pentea-se
Ruas avenidas
Esquinas
Dobras que
Troncos galhos flores
Vê-se à praça
Deixando-se ficar
Aos bancos
À luz lunar
Que às graças
Com sua graça
Flerta
Perdida
Em amores
Às próprias ruas.