Devaneio

Vivemos na esperança de momentos felizes, loucuras, amores. Desejamos embriagar-se pelo verdadeiro sentido da existência, sem ao menos saber se realmente existimos ou se tudo que pensamos ser verdade é pura ilusão.

Somos sonhadores, expectadores, somos os bastidores da utopia.

Acreditamos que somos capazes de mudar o todo, de fazer a diferença. Acreditamos ser capazes de realizar o impossível. Vislumbramos o ideal e respiramos o real. Surreal, animal, mundo atual.

Acreditamos na mágica de um sorriso, no certeza de um olhar, no aconchego de um abraço. Esbarramos em sorrisos amarelos, olhares frios e braços cruzados. Somos ingênuos? Sim e não. Apenas desejamos aquilo que deveria realmente existir.

Mesmo assim, continuamos buscando algo que jamais sentimos, que apenas imaginamos, sonhamos. Talvez deliramos. Não nos conformamos com o que nos é oferecido. O sentido de "ser humano" transcende as barreiras de inércia, do comum. Necessitamos sempre de mais, algo que nos dê o verdadeiro sentido de existência.

Assim, frustrados com a realidade mundana, buscamos refúgio em outro alguém. E, dessa maneira, criamos o amor, indelével sensação de... Bom, é inexplicável.

Quando descobrimos o amor, ah o amor... Imensurável, avassalador. O sentido se faz carne. E toda existência se compõe. Ah o amor, assim que puder, procure-me novamente.