Hoje, 29 de outubro é o "Dia Nacional do Livro "
Alguns autores souberam como ninguém marcar sua presença, através dos seus escritos. Seus livros passaram para a posteridade fazendo outros autores, críticos, pesquisadores consagrados, os estudarem para mostrar a importância de cada um deles no cenário histórico mundial. Hoje, 29 de outubro é o "Dia Nacional do Livro ", comemorado em homenagem a fundação da Biblioteca Nacional em 1810. Como presente o Agenda publica alguns autores e obras que marcaram a nossa leitura!
Ana Marly de Oliveira Jacobino
Para você ler publico alguns livros que considero de suma importância para o nosso conhecimento empírico ou n/ao:
1_ A República (em grego: Πολιτεία, transl. Politeía) é um diálogo socrático escrito por Platão, filósofo grego, no século IV a.C.. Todo o diálogo é narrado, em primeira pessoa, por Sócrates. O tema central da obra é a justiça.No decorrer da obra é imaginada uma república fictícia (a cidade de Calípole, Kallipolis, que significa "cidade bela") onde são questionados os assuntos da organização social (teoria política, filosofia política).
O diálogo tem uma extensão considerável, articulada pelos tópicos do debate e por elementos dramáticos. Exteriormente, está divido em dez livros, subdividida em capítulos e com a numeração de páginas do humanista Stéphanus da tradição manuscrita e impressa.
A República usa uma argumentação dialética. O pensamento dialético caracteriza-se por apreender a realidade à luz de posições contraditórias, uma das quais acaba por ser compreendida como verdadeira e a outra falsa. A imagem correspondente é a do confronto entre luz, sol, claridade e trevas, escuridão e caverna. A dialéctica ascendente apresenta a ideia por confronto com os pontos de partida empíricos; a dialéctica descendente verifica a corrupção da ideia devido à sua incorporação numa situação empírica.
2_ A Letra Escarlate", Nathaniel Hawthorne faz o confronto mais íntimo no homem com a sociedade puritana é o tema do “romance psicológico” (como o autor o classificava, em um tempo em que o mundo ainda não cogitava de psicologia na literatura). É a história de três pecadores e de tudo o que decorreu de seus erros na cidade de Boston, no século XVII. Todos os personagens carregam muita dor e vivem deprimidos.
O romance "A Letra Escarlate", é uma mistura de alegoria e romance histórico e é considerado por muitos críticos o maior romance da literatura norte-americana. Hawthorne viveu no século XIX, situava sua ficção no passado distante e influenciou praticamente todos os escritores da sua geração.
Assista ao triller do filme A Letra Escarlate com Gary Oldman, Demi Moore :
http://youtu.be/NlUetVd4rsw
O Autor:
Nathaniel Hawthorne (1804-1864), bisneto de um dos maiores juízes de feiticeiras de Salem, na Nova Inglaterra, foi responsável por injetar decisivamente o puritanismo americano no rol de temas centrais da tradição gótica.
Em seus romances, cuja delicada escrita (dotada de um pudor que pintava até os mais insignificantes pecados como máculas formidáveis).
Sempre teve como tema em seus trabalhos a moral, conferindo-lhe ares de única salvaguarda contra a crueldade humana. Dentre suas obras, "A Casa das Sete Torres" (1851) é aquela que melhor assimila (e reformula) a estética gótica.
3_ Dom Quixote de La Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano) é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616). O título e ortografia originais eram El ingenioso hidalgo Don Qvixote de La Mancha, com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615.
O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis de fancaria. A história é apresentada sob a forma de novela realista.
É considerada a grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das línguas européias modernas e é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola. Em princípios de maio de 2002, o livro foi escolhido como a melhor obra de ficção de todos os tempos.
4_ Dom Casmurro tem como personagem principal Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende "atar as duas pontas da vida", ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Ambientado no Rio de Janeiro do Segundo Império, se inicia com um episódio que seria recente em que o narrador recebe a alcunha de "Dom Casmurro", daí o título do romance. Machado de Assis o escreveu utilizando ferramentas literárias como a ironia e uma intertextualidade que alcança Schopenhauer e sobretudo a peça Otelo de Shakespeare.
Assista trailer de Dom Casmurro:
http://youtu.be/EXTfI3gpbI4
O Autor:
Joaquim Maria Machado de Assis Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, Sua extensa obra constitui-se de 9 romances e peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas(1881).
Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.
5_ Urupês é considerado a obra-prima de Monteiro Lobato, e é um clássico da literatura brasileira. O livro é composto por 14 contos, que mostram a vida quotidiana e mundana do caboclo do interior de São Paulo, através de suas crenças, costumes e tradições. Têm, geralmente, um final trágico e inesperado. Para uma melhor compreensão da temática da obra, o próprio escritor nos dá pistas ao citar, em um dos seus contos, Meu Conto de Maupassant. De fato, sua literatura vai pela mesma rota do literato francês, já que se baseia em ações extremas e patéticas norteadas pelo amor e pela morte.
O tom exagerado também se manifesta em sua linguagem. Além dos traços expressionistas (na descrição das personagens Lobato utiliza técnicas expressionistas que as deformam, quando se dedica a caracterizar a natureza passa a vazar metáforas de bela plasticidade que em vários pontos lembra a idealização romântica. Afasta-se, no entanto, dessa escola literária por utilizar uma linguagem mais simples, arejada, moderna) usados nas descrições das personagens, Lobato utiliza constantemente a ironia, o que revela uma emotividade extremamente carregada, fruto de um misto de indignação, impaciência e até intolerância ao enxergar os problemas brasileiros e como eles são provocados pela lassidão, fraqueza e indolência do caráter de nosso povo.
O Autor:
José Bento Renato Monteiro Lobato foi criado em um sítio, Monteiro Lobato foi alfabetizado pela mãe Olímpia Augusta Lobato e depois por um professor particular. Aos sete anos, entrou em um colégio. Nessa idade descobrira os livros de seu avô materno, o Visconde de Tremembé, dono de uma biblioteca imensa no interior da casa. Leu tudo o que havia para crianças em língua portuguesa. Nos primeiros anos de estudante já escrevia pequenos contos para os jornaizinhos das escolas que frequentou.
Video histórico com a voz de Monteiro Lobato:
http://youtu.be/md5eJuqRDNU
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AZEVEDO, C. L. de, CAMARGOS, M., SACCHETTA, V., Monteiro Lobato furacão na Botocúndia.São Paulo: Editora Senac, 1997.
BRASIL, Padre Sales, A literatura infantil de Monteiro Lobato ou comunismo para crianças. São Paulo: Editora Livraria Progresso, 1957.
CAVALHEIRO, Edgar, Monteiro Lobato - Vida e obra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1955, 2 vols.
Achcar, Francisco. "Introdução a Machado de Assis" In: ASSIS, Machado de. Contos.Editora Sol, 1999. Os Livros da Fuvest I. São Paulo: Ed. Sol, 2001,
Andrade, Fernando Teixeira de (2) (análise). "Memórias Póstumas de Brás Cubas" In:
HALLEWELL, Laurence (1985), O livro no Brasil: sua história, São Paulo: EdUSP. ISBN 85-85008-24-5, Coleção Coroa Vermelha, Estudos Brasileiros, v. 6
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