EU NÃO PERDI TOM, PEREU VOCE - A INFANCIA DA CX. DE BESOURO A METRALHADORA

A INFÂNCIA DA CAIXA DE BESOURO AO TRES OITÃO

Paro lendo Mark e seu Tom, vejo o menino agitado e supersticioso, seus tesouros guardados e trocados com seus colegas e a rigidez da educação dos pais, a religiosidade moral de “cor e salteado”, o decoreba nas aulas religiosas e educacionais, principalmente vejo famílias que se apóiam, excluem, aceitam ou descrimina, porém vejo neste mundo mais bondade, muito mais fraternidade, companheirismo, ou sob a firmeza do evangelho, ou firmeza moral. Tom era dois séculos adiantado de mim, porém nós tínhamos nossos tesouros, nossas “ximbras” (bolas de gude), nossos piões a girar, arraias no céu (pipas) cuja competição era voar mais alto e equilibrar melhor, jogos de “ferrinho”, garrafão, corredor americano, jogo de bola na rua de areia, peteca a distribuir “mamonas” em guerras de trincheiras, havia união entre feios, tronchos, aleijados, pretos, sarará, galego, gordos e macarrões, havia brincadeiras com revanche e não pensávamos que um dia existiria a palavra “bulling”, só entendemos o racismo quando o movimento Black foi importado, com o Kat Chup e a Maionese de vidro. Na escola tinha de me virar entre os mais fortes e os diferentes, mas no final todos se gostavam, se brigávamos era uma zorra total, não se falava de drogas e sexo só se comentava depois que eu tinha 14 anos, a famosa Punheta, foi a fase do descobrimento do meu instrumento, das revistas bla´blá blá, e Gibis de desenhos proibidos entre as folhas do livros “700 experiências de ciências”. Até ganhei tesouros com o “empréstimo” de meus cadernos contendo história em quadrinhos de sexo explícito, para turma desabafar no banheiro da escola e me devolver com manchas amarelas e colados página a página, mas no fim do turno eu tinha cigarros “continental’ e até “hollywood” e a boa vontade dos colegas em me passar dicas de provas.

Pouco depois de Jorge BeN e Ray Charles explodir nas paradas eu já namorava e trocava gibis nas portas dos cinemas de Bem Hur, Maciste, Tarzan prá cima. Era um Mandrake por um Bil The Kid, um Fantasma em P & B valia mais que o herói enfeminado Principe Encantado a cores.

Tínhamos aversão a maconheiros que raramente conhecíamos, e um dos conhecemos, um era filhinho de papai e na loucura trepava na mangueira da casa como se macaco fosse, melhor,o retorno as origens.

Algum tempo depois o Violão e Roberto Carlos entrou na vida de todos, neste tempo serenata na rua 21 de abril em um terreno descampado, era disputa do quadro de Flávio Cavalcante, a música é..., quem não acertasse teria de engulir um copo inteiro de cachaça com K suco. Era tempo dos assaltos (IVADÍAMOS AS CASAS DE AMIGOS COM DISCOS, SOM, BEBIDAS E FAZÍAMOS A FESTA), logo após o romantismo de Morris Albert.

Nada daquela infância de Tom e de Torquato, apontava para o esgarçamento do tecido familiar, a mulher já não é mais o pilar central conciliador, firme e terno da família, é a nervosa e culpada inconsciente trabalhadora externa em competição com todas as faixas sexuais existentes e as criadas, por isso se desdobra gastando mais energia e tendo como resultado sempre a desestruturação familiar, sobra gratificação material, falta ternura amor tocado e sentido, companheirismo, estar presente, fazer e unir. Os filhos a sós e com orientações televisivas ou internetianas, com profissionais pagos como mãe de aluguel, estão Tb desestruturados e na fase mais crítica na juventude, falta-lhes a maternidade real, a paternidade real, a família real. O Mundo mudou desde a pílula, para o bem ou para o mal, mas não se critique a excessividade de outrora, pois mesmo apanhando, tendo de decorar textos, de castigo ajoelhado nos feijões, não me tornei um garoto de arma na mão a GRITAR: "PERDEU MANO, PASSA TUDO".

Paremos e reflitamos sobre o que acabei de acusar, mudou o mundo junto com o avanço científico que desestruturou um mundo cuja célula família construía uma estrutura chamada Estado. Para mudar este sistema e dominar pela destruição e ditadura amoral, já se experimentou o comunismo ditador da URSS, onde se chegou a aberração da deleção premiada dos próprios filhos contra os pais. Hoje em competição acirrada de sexo e egoísmo e sobrevivência, se achou uma maneira melhor de desestruturar o Estado: a Mulher competidora e fora de casa preferencialmente sem família e sem filhos, ou um homem casado por isso escravizado aos regulamentos empresariais, Na fuga o Casal com filhos resolve tomar uma Creche, uma babá, um treinador, um personal de tudo, 20 cursos por dia, carros, tênis, etc. com isso resolveu o problema econômico financeiro e de adaptação aos novos tempos, mas e...

OS EFEITOS COLATERAIS?

Sou Tom, continuarei sendo Tom,lamento ter de ver um TOM assaltando bancos para comprar e consumir drogas, tênis, motos, ou simplesmente chegar ao topo da bandidagem, eu sou o TOM DA CAIXINHA DE BESOUROS. NÃO O TOM DA METRALHADORA NA MÃO.

NÃO PERDI TOM, PERDEU VOCE.