ORVALHO
ORVALHO
A dor de querer se dar se dar por amor, apenas se dar rumo a dor infinita pela paixão. Se darem tormento, se dar em prosa e verso. Assim era meu amor era a dor de querer se dar em um guarda roupa fechado e a marca de meus lábios numas coxas morenas, marcas de dentes num corpo deitado sobre um sofá lilás. O sol brilhava não tinha cigarros e o gato olhava o córrego e olha que o gato não era eu. Por conta de seu cartão de credito brigávamos e o amor não poderia ser capitalista. Dizer que ama uma pessoa é apenas um detalhe, mas o que importa são as atitudes do dia a dia as vezes sem dizer nada amamos com nossas atitudes, palavras são palavras que o tempo esquece, mas atitudes de uma amor verdadeiro são eternos como as rochas do Everest.
Eu anunciava seu nome como a lua anuncia a noite. Noites sem astros bêbados que cambaleava sem rumo era ogro de paixão em sua canção. Cantava as horas a fio, seu nome, dia claro seu som. As estrelas eram chuvas de meus beijos que ocultava meu coração. Neve, que espuma, que esperava junto aos montes de meu peito nu.
Amor de avivamento, em vão pensava, como a pedra angular fazia sua sombra lua de minha arte que vertia por ali.
Meu medo era do orvalho,
de um coração frio que soa nas janelas do amor de meu eu ! Amores de outrora no caminho que chorava á procura do vinho.
O que é isso afinal ? janelas pro amor!
Nunca as madrugadas seriam as mesmas, se chovesse tudo bem, se o sol brilhasse dai? A chuva era um ramo da natureza que soava longe das vidraças do meu
céu !Não me digam o que fazer á quem amar não me afligem como as ondas afligem as pedras na beira do mar. Não me olhem atrás das vidraças opacas com seus olhares atrozes com o gosto de antraz. Se não me amam que se danem, que se danem seus quadros pintados de vermelho, que se danem suas veias cheias de preconceitos e que se danem todos os fuzis apontados diante de mim como se fossem seus dedos. Eu pensava, sobretudo que meus algozes falavam sobre mim. Em minha vida, as palavra sempre foram esperas, porem esperei as vezes se emudecerem, inerte fiquei á olhar aquela sombra meu coração excitava, mas seu mel que não derramava sobre mim.
Rasguei minhas vestes como á um filho de Deus. Minha loucura eram as palavras
que ora me deixavam calmo, mas sem alma pra absorve-me. Assim é meu coração
sem pensamentos que me arrastava rumo a esta paixão.
minha calça jens de cores de cores berrantes ilhada no céu.
E as estrelas, por onde andava minhas estranhas estrelas de meus versos? Apagaram-se quando ela desligou seu amor. via-me ao ocaso, como gente perdida na praça que andava sem oração. Minhas veias pararam, meu sangue congelou o vermelho das minhas paixões. ah eram coisas do coração, água derramada sobre o incêndio que queimava junto as chamas de m’alma, ora eram fagulhas que voavam ao vento e punham fogo á uma floresta germinada de amor.