O MEDO PASSOU
O medo passou. Custei a perceber que “o que eu sentia era o medo”. Ele é sutil, mascarado, nem se pensa que é o medo, pois é muito subjetivo.
Mas na verdade era apenas o resultado de um sentimento perdido: a confiança.
Eu confiara o que me era precioso às empregadas que chamava de AS MENINAS. E a confiança era tal que viramos amigas, quase filhas. E quem se confia mais de que um amigo? _ nos filhos! Mesmo filhos relapsos, ocupadíssimos, etc., etc.
A confiança é preservada. Sabe-se que na hora “H” eles vão ajudar ou resolver, ou cuidar da gente se preciso for. A Confiança.
Desculpava o desleixo e o serviço mal feito das meninas. Afinal eram tão carinhosas com meus cães queridos e minhas gatas preciosas. Por causa desses bichinhos eu gastava cerca de mil/mês ou mais.
Enfim uma das meninas pediu demissão e não me importei, pois ficara a melhor, a mais nova. Aceitei. Quis voltar. Não aceitei.
Mas ela maquinava um golpe que eu jamais poderia supor: uma ação trabalhista em que ganharia mais de dez mil.
O choque bateu e me abateu. E foi se instalando a perturbação em que eu falhara e a paz. E a Audiência marcada se aproximando. Eu me encolhia e perdia as forças, bem como o interesse em escrever e em qualquer coisa mais. Como se houvera cometido crime. É ai que diversos fatores assolam o indivíduo e ali se perde.
A audiência ocorreu em poucos minutos, o Juiz nem olha para os autores.
Passou, e só então percebi que o que sentira era o medo. De como será a vida, de como ficarão meus bichinhos. Mudar de vida? Desestruturar-me? Lá fora, fomos tomar um café e comemorar. Eu, o advogado e minha filha.
Na comemoração fui percebendo que o medo se esvaíra. Aí é que vi que tudo que senti foi o medo por ter perdido a confiança na caseira. Perder a confiança é tão grave, pois não tem volta, tal qual a morte.
Isto deve acontecer a muita gente. Então, tanto sofrimento que passei era o medo que sentia, como que perdendo a vida. Mas, na calma, na alegria retornada pude perceber que o medo não era medo,
,era a perda da confiança.
Ela perdeu tudo, ganhou só mil reais e humilhação pública. Está marcada socialmente pelo resto da vida. Ninguém vai lhe dar mais carteira assinada e um trabalho honroso. Ou seja, a Confiança. Virou esquecimento.
Vou precisar de um jardineiro que cuide dos meus bichos, ou eu vou ter que ir pra lá cuidar do que me é precioso. Agora são questões de ordem prática.
O medo passou. Não era medo; era o sofrimento pela perda de confiança.
O medo passou. Custei a perceber que “o que eu sentia era o medo”. Ele é sutil, mascarado, nem se pensa que é o medo, pois é muito subjetivo.
Mas na verdade era apenas o resultado de um sentimento perdido: a confiança.
Eu confiara o que me era precioso às empregadas que chamava de AS MENINAS. E a confiança era tal que viramos amigas, quase filhas. E quem se confia mais de que um amigo? _ nos filhos! Mesmo filhos relapsos, ocupadíssimos, etc., etc.
A confiança é preservada. Sabe-se que na hora “H” eles vão ajudar ou resolver, ou cuidar da gente se preciso for. A Confiança.
Desculpava o desleixo e o serviço mal feito das meninas. Afinal eram tão carinhosas com meus cães queridos e minhas gatas preciosas. Por causa desses bichinhos eu gastava cerca de mil/mês ou mais.
Enfim uma das meninas pediu demissão e não me importei, pois ficara a melhor, a mais nova. Aceitei. Quis voltar. Não aceitei.
Mas ela maquinava um golpe que eu jamais poderia supor: uma ação trabalhista em que ganharia mais de dez mil.
O choque bateu e me abateu. E foi se instalando a perturbação em que eu falhara e a paz. E a Audiência marcada se aproximando. Eu me encolhia e perdia as forças, bem como o interesse em escrever e em qualquer coisa mais. Como se houvera cometido crime. É ai que diversos fatores assolam o indivíduo e ali se perde.
A audiência ocorreu em poucos minutos, o Juiz nem olha para os autores.
Passou, e só então percebi que o que sentira era o medo. De como será a vida, de como ficarão meus bichinhos. Mudar de vida? Desestruturar-me? Lá fora, fomos tomar um café e comemorar. Eu, o advogado e minha filha.
Na comemoração fui percebendo que o medo se esvaíra. Aí é que vi que tudo que senti foi o medo por ter perdido a confiança na caseira. Perder a confiança é tão grave, pois não tem volta, tal qual a morte.
Isto deve acontecer a muita gente. Então, tanto sofrimento que passei era o medo que sentia, como que perdendo a vida. Mas, na calma, na alegria retornada pude perceber que o medo não era medo,
,era a perda da confiança.
Ela perdeu tudo, ganhou só mil reais e humilhação pública. Está marcada socialmente pelo resto da vida. Ninguém vai lhe dar mais carteira assinada e um trabalho honroso. Ou seja, a Confiança. Virou esquecimento.
Vou precisar de um jardineiro que cuide dos meus bichos, ou eu vou ter que ir pra lá cuidar do que me é precioso. Agora são questões de ordem prática.
O medo passou. Não era medo; era o sofrimento pela perda de confiança.