Mais uma lição
Passei muito tempo tentando manter inúmeras coisas: Manter a calma quando era testado minha paciência, manter uma boa relação aos que estavam (e nem sempre permaneciam) ao meu redor, manter pessoas que preferiram se afastar, manter uma boa imagem para tentar ser reconhecido como tal, sempre manter.
Depois de um tempo, percebi que o que mais fazemos é manter somente pelo fato de pertencer, a algo, a alguém, sem necessariamente ser satisfatório. Rotineiramente, escolhemos por manter o que já temos, sem se preocupar se aquilo é tão bom quanto poderia ser.
Permanecemos num nostálgico comodismo em permanecer. Não há mudança maior do que aquela que achamos que não daremos conta, mas, quer saber? O que ganhamos enquanto permanecemos parados no tempo?
Cada dia aprende-se que precisamos dar valor ao que a vida nos dá, mas não temos ousadia o bastante para levantar a cabeça e dizer: “Isso ainda não é o bastante!” e seguir querendo sempre mais.
Assim, perdemos oportunidades de conhecer pessoas melhores, lugares melhores, trabalhar satisfeito com o local e com a função que desempenhamos, ter a capacidade de escolha! Optar por ser feliz antes de querer manter, ou permanecer numa cadeia de réplicas.
Por que não tentar? Por que não perceber que ninguém vai tomar seu lugar e que podemos viver bem, ser felizes do nosso jeito, e não como manda o figurino? Realmente, se todos nós queremos ser feliz do mesmo jeito, essa possibilidade não haverá de existir, mas se deixarmos de querer permanecer e buscar nosso caminho, independente do outro, cada qual poderá achar o que verdadeiramente te agrada, e então a vida seria bem mais simples.
São as pessoas mais influentes na nossa vida aquelas que caminham juntas a nós, sem necessariamente trilhar o mesmo caminho.