Pilatos

Um certo governador romano chamado Pilatos, assim como Judas, teve os seus momentos de incertezas pois mesmo ainda não conhecendo Jesus acreditava em tudo que ouvia a seu respeito.
Acredito que o coração de Pilatos era percorrido por uma ansiedade muito grande pois aquele momento era a hora certa em que o dominador dos Romanos estava frente a frente com o chamado Rei dos Judeus, e Pilatos, sendo um governador, bom ou mal, também poderia ter suas impressões ao olhar para alguém que fosse colocado à sua frente. A primeira impressão que Pilatos teve foi a impressionante nobreza de Jesus, nobreza de espírito pois devido a tantos anúncios não era de se esperar que Pilatos esperasse encontrar um homem arrogante ou de aspecto semelhante devido ao título que trazia consigo, mas o Governador Romano não esperava tão grande susto como aquele que levou quando se deparou com Jesus pois na sua posição de julgar a tantos criminosos ele já conhecia na fisionomia dos que a ele fossem apresentados para julgamento. Não é possível medir o tamanho do susto que Pilatos levou quando sentiu através da presença de Jesus que aquele homem, além de não ter fisionomia, tampouco havia rastro de crimes que o colocasse fora da sociedade. O grande Governador Romano, apesar da sua firmeza, desmoronou-se, e se seus membros não fossem bem ligados entre si por certo desmontaria. Nesse momento ele não poderia demonstrar qualquer tipo de atitude contrária aos desejos dos juizes do sinédrio e com a sua inteligência aguçada e já tentando se justificar com Jesus, e até mesmo, quem sabe, fazer com que Jesus o visse não como governador romano, mas sim, como alguém que o conhecia e sabia que ele não era um criminoso, e Pilatos sabia como era; começou as indagações a respeito de Jesus. Observamos que Pilatos, já conhecendo a inocência de Jesus começou a apertar os seus acusadores pois aqueles que o levaram até ele deveriam apresentar as suas queixas ou acusações, todavia, os próprios acusadores não esperavam tal reação de Pilatos, eles achavam que quando Jesus se deparasse diante de Pilatos haveria até um certo confronto, eles achavam que Jesus poderia dizer “eu sou o rei dos judeus! E tu, Pilatos? És governador! Governador romano! Então falaremos de igual para igual! Mas nem sempre a flecha acerta o alvo, Jesus não era rei dos judeus e naquele instante o seu mundo ainda era aqui, como homem comum de uma história dramática, bonita e até mesmo inocente e cheia de boas intenções. Diante do ocorrido os acusadores não tinham como legitimar suas acusações pois nos dias do fato os tributos eram pagos a César e certa vez encontramos Jesus deixando claro que deveria ser dado a César o que era de César, só que no momento os seus acusadores esqueceram que já haviam questionado Jesus sobre isso e ele já tinha dado o seu parecer: o que é de César é de César. Nesse esquecimento os acusadores começaram a se sentir coagidos, entre eles um chamado Caifás, que não tendo para onde correr ou fugir da situação na qual havia se metido começou a usar as mesmas palavras de Pilatos pois Pilatos, em si, já sabia que a questão dos tributos não era verdadeira pois Jesus não fora contra, ele próprio mandou que seus discípulos fizessem o mesmo e diante disso Pilatos não se deixou levar por essa questão, a sua curiosidade maior era saber o que Jesus poderia responder quando fosse interrogado: es verdadeiramente o rei dos judeus? Mas ninguém esperava que Jesus fosse capaz de fazer com que o próprio Pilatos colocasse essas palavras em sua boca, e assim respondeu: tu o dizes Pilatos! Tu estás dizendo que eu o sou. Jesus era muito sábio e esperto para pois aqueles que travaram essa conversa diante de Pilatos não tinham como provar pois o próprio Pilatos nunca tinha ouvido isso, só queria ouvir, frente a frente, mas Jesus cortou o caminho e deixou todos embaraçados, e todos, sentindo-se sem o chão pela frente, caíram em cima das palavras de Pilatos: vós fizeste ele confessar que na verdade é o rei dos judeus, era o delito do momento, queriam condenação de qualquer jeito e o Governador Romano, já de saias justas, não sabia o que fazer, e também dirigiu o olhar para Jesus tentando encontrar a resposta pois já não inspirava nenhuma confiança que merecesse ser dada aos acusadores de Jesus pelo fato de estarem tão exaltados os ânimos daqueles que julgavam Jesus. A impressão de Pilatos sobre a inocência de Jesus já estava confirmada no coração do Governador Romano. Pilatos usou a mesma tática dos judeus, ainda esperava ouvir algo de Jesus em sua defesa, mas Jesus se manteve em silêncio. Talvez Pilatos pensasse que Jesus, em particular, pudesse falar alguma coisa sobre si mas, ao contrário, no lugar de responder perguntou: Pilatos, estás me perguntando se sou o rei dos judeus? Essa pergunta veio de ti mesmo ou te disseram a meu respeito? Nessa hora mais uma vez a inteligência do homem Jesus era estupidamente aguçada porque já sabia que Pilatos tinha consciência que ele, o homem Jesus, não era um criminoso, entretanto, como governador, precisava tomar uma posição já que de Jesus era difícil tirar uma resposta direta. Então Pilatos decidiu embravecer-se e disse a Jesus: eu sou judeu! Por acaso foi a tua nação quem trouxe você até mim, estais nas minhas mãos, mas o que tu fizestes? Pilatos não conseguia entender o que Jesus queria dizer, ele simplesmente não podia ser rei na terra devido às circunstâncias e exigências para que alguém fosse rei dos judeus em um reinado do mundo. No que eles se ocupavam Pilatos sentiu-se confuso pois toda aquela situação estimulava-lhe o desejo de adquirir conhecimento sobre Deus e sobre um reino que não pertence a um reinado igual ao dos homens.
Diante do orgulho de Pilatos Jesus compadeceu-se dele e disse: vós não entendeis como eu nunca poderei ser rei de nação nenhuma, é claro que se eu tivesse alguma coisa com esse reinado terreno os meus subordinados pelejariam por mim. E Pilatos, talvez com ironia, tornou a repetir: logo, tu és rei?! E Pilatos não tinha má impressão diante dos fatos, entretanto, para quem nunca conseguia entender as palavras de Jesus, acabaram deturpando tudo e até hoje transformaram Jesus em um rei, sendo que ele nunca foi rei. Jesus nasceu e veio ao mundo para levar o nome de Deus e Pilatos queria conhecer a verdade mas a posição de governador não permitiu alcançar o momento de esclarecer tudo, o governador romano, pressionado, deixou Jesus e assumiu a sua posição e mesmo não vendo crime em Jesus foi obrigado a enviar Jesus para Herodes, governador das províncias da Judéia e Galiléia, lugares nos quais Jesus pregava
Judeus e gentios eram falsos, principalmente os príncipes em Israel, tais eram os que incriminavam Jesus, esses príncipes do povo haviam planejado tudo pois achavam que nas palavras de Pilatos “não vejo nele crime algum” acabariam com todo o trabalho que tiveram forjando planos e conspirações para desbancar Jesus. Eles viam a possibilidade de Jesus ser solto e passaram a acusar Pilatos, com isso parte do governo romano o acusava, diante disso Pilatos passou a responsabilidade do julgamento de Jesus para Herodes, e Jesus por certo passou para as mãos dos soldados que por serem rudes precisavam tratá-lo com atos de crueldade.
Contamos que Jesus já estava com fome , cansado e magoado, até mesmo pelo fato de Pilatos tê-lo devolvido a Herodes pelas mãos dos soldados, os quais o chicoteavam, rasgaram suas vestes com as mais tortuosas ironias e que nem todos os escritos registram os acontecimentos. Contamos agora que Jesus não foi compreendido por ninguém do seu tempo, e até os dias de hoje continua não sendo compreendido pois muitos ousam usar o seu digno nome em grandes escândalos, isso é o mesmo que entregá-lo inocentemente aos grandes e poderosos da terra. Ainda dizem apregoar o nome de Jesus mas na verdade o que fazem é uma vergonha. Como fizeram na época passada rasgando as vestes deixando Jesus quase nu entre a multidão, ainda hoje rasgam as suas vestes, fazendo-o padecer humilhações, ainda não podemos esclarecer o porque que Jesus não era salvador muito embora possamos ser torturados por isso, assim aguardamos pelo futuro o qual pertence ao Pai e somente ele poderá julgar essa corja que continua traindo Jesus, confessando estar salvo por ele e ser ele o salvador. Há muito a escrever sobre o julgamento de Jesus, sua vida, enfim, quem foi Jesus, em geral, em alguns pontos Jesus é o que dizem, em outros pontos não se pode confiar pois aos príncipes de Israel convinha muita coisa, todas para servir aos seus próprios interesses, mas a história de Jesus virá com mais esclarecimentos que muitos escritos que ficaram na história,
De início é bom saber que Jesus é um homem benevolente, humilde, digno, honrado, compassivo, mas ainda não fiou provado que ele é salvador da pátria de muitos dementes e mentes fechadas para o esclarecimento; Jesus é espírito que tem sentimentos e sofre com as terríveis depreciações, falar sobre Jesus ainda não é possível, assim como não é possível contar as estrelas no céu e a areia na praia, o dia em que alguém conseguir contar a areia do mar e as estrelas no céu sem precisar de aparelhos ou envolver a ciência assim será possível falar sobre Jesus. Jesus foi um enviado de Deus para trazer o seu nome, o nome da paz; foi rejeitado e até hoje aqueles que querem justiça são condenados à morte, por enquanto ninguém está autorizado a fazer justiça, todos terão o seu decreto assinado com o seu próprio sangue, ou seja, a sua hora marcada.
Mayra sissa
Enviado por Mayra sissa em 22/10/2011
Reeditado em 23/06/2013
Código do texto: T3291826
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