CRÔNICA – Dou a mão à palmatória
 
 
     Antes da crônica. Cabe-me dizer que não irei apagá-la, como tenho feito por último, qualquer que seja o telefonema ou advertência contra mim, porquanto não devo nada a ninguém, notadamente quanto a minha honorabilidade. O que aqui vai publicado é de domínio público.
 
CRÔNICA – Dou a mão à palmatória – 21.10.2011
 
     Lembro-me como se hoje fora, que quando começaram a desconfiar do ministro dos esportes, doutor Orlando Silva, cujo nome me lembra o de um dos maiores cantores da música popular brasileira, que eu corri em sua defesa, arriscando até mesmo a minha condição de homem de bons costumes, e o defendi. Dizia eu na oportunidade que tudo aquilo era apenas e simplesmente porque se tratava de um negro, portanto mera discriminação. Confesso-me arrependido, pois onde há tanta fumaça não pode deixar de existir o fogo.

     Agora, entretanto, as coisas pioraram e estão muito sérias com denúncias de corrupção em sua pasta e de seu envolvimento direto com elas, que beneficiariam a si próprio, ao seu partido, o PC do B (que não deveria existir no país, eis que o comunismo praticamente fora erradicado no mundo, quer por violência ou acordos), tudo em face de denúncia de um policial militar que era amigo do ministro, e agora se tornou seu mais ferrenho adversário (um crápula desonesto, corrupto, segundo palavras do doutor Orlando).

     Penso que quando se é acusado tão gravemente não se deveria, de logo, contratar advogado, pois quem não deve não teme, e além do mais a autoridade tem foro privilegiado, que é o Supremo Tribunal Federal, além de toda estrutura governamental para defendê-lo em todas as instâncias possíveis e imaginárias; além do mais, sem qualquer custo, eis que o seu partido garante o pagamento de honorários, despesas processuais, etc., claro que com o dinheiro suado e sofrido do povo brasileiro.

     Quase todos os dias aparecem fatos novos contra o cidadão em referência. Penso até que depois da publicação desta crônica ele nem mais estará no poder, até porque a presidente da república já teria avocado para si todo o comando das decisões que envolvam a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016, diminuindo, assim, o poder de fogo do ministro acusado.

     O que me causa tristeza é que o nosso país acaba de isentar de todos os impostos federais quaisquer apurados da FIFA por força do evento Copa do Mundo, com efeito retroativo a janeiro passado, em detrimento do sofrido povo nacional e das cidades onde residem. Perde, assim, mais uma vez, o que é deveras importante para qualquer nação: A soberania, e não me venham aqui alegar que países mais desenvolvidos já o fizeram. Quem deve estar contente é o presidente da CBF, doutor Ricardo Teixeira, autoridade que vem tendo sua honorabilidade posta em dúvida por boa parte dos brasileiros.

     É isso que resulta do loteamento dos cargos públicos patrocinado pelo governo da moralidade do ex-grande defensor da honradez, o falecido PT.

 
Fico por aqui pra não cansar os leitores.
Ansilgus
Em revisão.
 
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 22/10/2011
Reeditado em 22/10/2011
Código do texto: T3291654
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