Uma questão de mera sobrevivência…

A sobrevivência da humanidade, apesar de toda a parafernália tecnológica e que tanto nos encanta com as suas imensas realizações, essa sobrevivência está dependente dos recursos do planeta…

Por muito que possa evoluir, a humanidade está ligada de forma umbilical aos recursos da Terra que devora com rapidez veriginosa, especialmente desde o advento da revolução industrial que ocorreu em meados do século XIX…

Mesmo que fontes de energia limpas e inesgotáveis como a fusão nuclear a frio sejam desenvolvidas, a humanidade depende da própria sustentabilidade do planeta para sobreviver, que não é eterna como nada é eterno…

Ora a melhor das estimativas, a mais optimista, indica que no máximo de 200 anos teremos esgotado a Terra, tornaremos esta perfeitamente insustentável e de forma irreversível…

Isto em princípio indicaria que no prazo de 200 anos a humanidade se iria extinguir devido ao colapso do seu planeta…

Mas nós somos uma espécie diferente de todas as outras que já habitaram a Terra, nós dispomos e somos capazes de criar meios que nos garantam continuarmos a existir pelo menos mais uns milhares de anos…mas fora da Terra…

Isto não é novidade para ninguém, há muitos anos que alguns cientistas defendem tal, mas além de constituírem uma minoria, estes são olhados um pouco de lado, mesmo dentro da comunidade científica a que é suposto pertencerem…

Mas é irrefutável dentro dessa comunidade científica que o planeta se irá esgotar, mas como tal se passará noutras gerações, não se leva muito a sério a questão, adia-se esta, dando-se verbas irrisórias para desenvolverem os meios que nos podem salvar…- Que passam numa primeira fase pela detecção de um planeta que possa acolher a humanidade ou da transformação de atmosferas inóspitas em atmosferas algo semelhantes à nossa, e por fim de veículos que nos permitam viajarmos para o espaço profundo onde se pensa estarem esses planetas…

Ora tudo isto é de uma extrema complexidade, tudo isto demora imenso tempo, e esse tempo esgotasse a uma enorme velocidade…esse tempo vai-se aproximar mais depressa do que imaginamos…enquanto os meios são ridículos e esses cientistas olhados como os “cromos” da tal comunidade científica e os “super-cromos” da população em geral que tem por eles a simpatia que devotamos aos nossos “tolos de aldeia…”

A partida é inevitável, e apesar de já termos pistas bem precisas dos planetas que nos poderão receber, o desenvolvimento de meios para lá chegar estão num estado ridículo e primário, mesmo tendo em conta que ainda temos 200 anos antes dessa grande viagem que nos irá salvar…

Porque quando chegar a hora em vez de biliões se salvarmos alguém serão poucos milhares (isto na perspectiva mais simpática…) demasiados poucos e que num relativo curto espaço de tempo irão morrer e com a sua morte a espécie se extinguirá…

Todas as espécies, tudo no Universo, nasce, cresce e morre, nada é eterno, tal é inevitável, mas se tivéssemos um pouco mais de visão poderíamos adiar a nossa extinção inevitável por imenso tempo…

Isto custa dinheiro…imenso…uma enorme quantidade de dinheiro…mas é dinheiro bem aplicado a longo prazo, será porventura o nosso melhor investimento de toda a história…

Tal me faz lembrar uma questão algo filosófica que se colocava nos anos 80…: o dinheiro que custa um simples porta-aviões seria suficiente para acabar com o flagelo da fome e de muitas doenças que ceifam a vida de muitos milhões por ano…e destes barcos só uma nação possui 12…

E uma frase mais actual diz para não gozarmos os cromos que todos temos como colegas quando estudamos, porque esses cromos que só sabem estudar ou que vivem rodeados não de pessoas mas sim de livros e de computadores muito provavelmente acabarão por serem os nossos chefes…

Porque nas mãos, mas mentes dos tais cromos da mundo científico está a nossa salvação…

Porque ao não querermos ver, admitir isto estamos a cometer um enorme crime que ditará a extinção da espécie humana…

Porque seria uma enorme estupidez, a maior da história morrermos por não querermos ver o óbvio, indispensável, por uma “mera”

Questão de mera sobrevivência…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 21/10/2011
Código do texto: T3289991
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