Antes da eletricidade (EC)

Desconheço com precisão a data em que a humanidade passou a usufruir à larga da eletricidade e nem irei pesquisar!... Deixo a imaginação vagar no tempo, num tempo desconhecido para mim, em que a eletricidade não existia.

Existiam mais estrelas no céu? Não. Mas certamente elas nos pareceriam mais brilhantes! Cachoeiras formariam arco-íris além de antigos cartões postais? Sim. Muita beleza foi suprimida aos nossos olhos com as hidrelétricas. Essa beleza ecológica, defendida pacificamente ou até com o próprio sangue, continuará a movimentar bandeiras e corações por todo o mundo. E isto é justo. E isto é politicamente correto. E isto é compreensível. Sou, ainda, bandeirante...

Por falar em bandeira - verde, azul, amarelo e branco -, entre estrelas brilha o lema político republicano, de autoria do filósofo francês AUGUSTE COMTE. O lema completo é “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”. Com isto, me interrogo: teríamos melhor construção de país, se além da Ordem e do Progresso nossa bandeira carregasse também o Amor? Por mais que o progresso nos tenha dado o Google para pesquisar, nunca saberemos. Ei!... O assunto aqui não é “eletricidade”? Por que falar de bandeira para encher linguiça?

Calma aí! O mundo poderia até nos parecer mais romântico sem a eletricidade, mas este mesmo mundo, que me perdoem a redundância, se mostraria imensamente maior. Com distâncias intransponíveis. Não estaria eu aqui jogando conversa fora, nem vocês aí num exercício de paciência para ver a luz do fim da crônica. Não teríamos muito do que chamamos progresso sem os raios de FRANKLIN ou sem a lâmpada de EDISON, apenas para citar dois homens de ideias eletrizantes (eu avisei que não iria pesquisar!...).

Se antes da eletricidade as condições de vida eram precárias, hoje vivemos à beira da extinção. O progresso desordenado nos cobra um alto preço. Mas ainda creio nos verdadeiros gênios da lâmpada! Homens que, mesmo sem prêmio Nobel ou sem Guinness Book, levavam a sério a humanidade. Romântica, não creio que a humanidade seja tão faísca atrasada a ponto de apagar a própria luz. De qualquer modo, estão à venda comigo os ingressos para o grande espetáculo em 2012. Comprem! Comprem!... 



 
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Eletricidade
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meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 21/10/2011
Reeditado em 18/11/2011
Código do texto: T3289572
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