Tragédias Anunciadas
Muitas ocorrência drásticas justificam-se, pela economia de ações efetivas, que concedem espaço para omissão ao ato de prevenir e de denunciar erros, pois o “sistema” exige que as coisas funcionem dessa forma para que muitos, possam ganhar com os descuidos alheios.
É facilmente entendido o porque da subjetividade nas leis, nos contratos, nos concursos, nas informações desencontradas, incompletas, truncadas e nas ações rotineiras do dia dia, pois tudo faz parte de um “sistema” que precisa ser mantido. Além de ser uma realidade por si só pela diversidade social, cultural e pessoal, a abrangência de interpretações também pode ser articulada e induzida devendo existir tais procedimentos para que todos tenham a liberdade de um entendimento coletivo e passe a agir, conforme as conveniências. Dessa forma, fica determinada a caça aos aliados que fortalecerá a questão!
Mas... quem criou o “sistema”? Tudo começou lá atrás, quando o homem civilizado determinou e delimitou sua cultura (que hoje estimulam à globalização), ao evoluir seu intelecto através das descobertas. Os mais inteligentes desenvolveram estratégias para agirem e tiveram como apoio, a psicologia e a sociologia que forneceram a base para as ações que encadearam-se formando gradativamente as alianças sociais. Essas ações dominaram os considerados fracos, determinaram as regras e com o passar dos tempos, o então “sistema” presente em todos os meios sociais, vem aperfeiçoando-se tendo hoje em dia, o amparo e a rapidez da comunicação pelos meios tecnológicos sofisticados, influenciando e determinando “veladamente” e cada vez mais, a funcionalidade do comportamento social. O “sistema” para reinar precisa formar o seu conjunto de elementos interconectados de maneira a estruturar um todo organizado, mesmo que venha agindo nas espreitas (conhecendo os fatos e omitindo-se) de forma aparentemente desorganizada.
É impossível que atos ilícitos não sejam percebidos por quem está direta ou indiretamente envolvido em determinada questão mas, quem os percebe, finge que não vê para não se comprometer, para não perder o emprego, para não sofrer represálias, discriminações e por aí vai... mas, em algum momento a “casa vai cair” e um alvo culpado precisará existir e assim, o bem vindo espaço é concedido para entrar em cena as autoridades, os investigadores, os peritos, os fiscais, as leis, as testemunhas e afins, que vão dar seus pareceres e exercerão a partir daí, mesmo que tardiamente, o seu compromisso cidadão diante da mídia.
As tragédias fazem parte da vida desde o início dos tempos, a diferença é que no período jurássico não havia as manipulações intelectuais e hoje, essa estratégia tornou-se o ponto principal das ações e dos registros formais (provas) que ditarão as sentenças.
Ganhará o melhor articulador social! Vencerá a viabilidade das “brechas”!
Que vença o melhor e salve-se quem puder!
Infelizmente assim funciona o “sistema social civilizado”.