Da decrepitude feminina
As mulheres são deusas, e como há deusas por aí! quanto mais me movimento em alguns lugares aqui de São Paulo percebo que há mulheres para os mais variados paladares. E isso é regozijante para homens como eu, viciado em fêmeas, apreciador e estudioso da alma feminina.
Hoje gostaria de refletir um pouco sobre a passagem dos anos para as mulheres. Tenho uma amiga que virou o velocímetro para os 50 e está como dizem os gringos "not so bad"; seios vívidos, magra e principalmente cheia de desejo sexual, seus olhos não negam o ardor por um pênis, um beijo, uma apalpada, uma semvergonhicezinha.
Mas caros leitores, aí está a busílis! em seu buço começou a nascer pêlos grossos, negros e espetados, em seu queixo idem, quase um "barbiche" bem desenhando anda aparecendo.
Além disso a sonolência tem acometido-a frequentemente, queixou-se ela certa feita à mim; quando lê as fls de um processo, um artigo jurídico qualquer faz uma "contração burlesca do rosto" devido à vista gasta.
Não é só isso, a pele que circunda os seios e que se estende pela caixa torácica está repleta de sulcos, como os campos que Miró apreciava em sua juventude catalã - reparei num fato curioso, a pele do seio, do seio mesmo, do peito, do mamilo, daonde seguramos para lamber-lhe quando trepamos, parece não sofrer deste mal! Numa oportunidade, que algum dia relatarei, pude notar, ao redor de tanta estria e pele morta, resistia um pêssego eterno, ou melhor, um par de pêssegos eternos, saboriei-os com minha língua destemida, evitando claro, levá-la a regiões "sulcadas" para o tesão não desvanecer.
Isso para mim pareceu um sinal da Natureza, dizendo-me: "aonde há mulher há desejo".