No banco dos fundos
 
Rua Esteves Junior nas Laranjeiras para pegar ônibus e chegar a Rua Barata Ribeiro. Sento no banco dos fundos. No meu lado estava a bela mulher madura em seus quarenta  + dez ou treze anos. Na segunda parada que o ônibus fez depois que eu entrei entrou o homem bonito nos seus cinquenta + dez ou treze anos que sentou ao lado da quarentona bunita. Eles não apenas se conheciam, eram compadre e comadre.
 
-Oiii comadre! Foi assim que fiquei sabendo o grau de parentesco deles. A comadre disse oiii compadre e perguntou pela comadre mulher do compadre e o compadre perguntou pelo compadre marido da comadre. A mulher do compadre estava com problemas uterinos e o marido da comadre está com consulta marcada para o fim do mes.
 
Ficaram um tempinho calados. O compadre acabou com o silencio dizendo que estava indo para Copacabana comprar umas coisas na Casa Pedro e depois ia levar para a filha no Leme. A comadre disse que estava indo para o calçadão ver o mar para descansar a cabeça dos problemas. Mais uns tempinhos calados.
 
-Você quer almoçar comigo? Perguntou o compadre. Mas você não vai para casa da Fátima? Retrucou a comadre. Deduzi que Fátima seja filha do compadre que mora no Leme. –Eu deixo as coisas na portaria o porteiro entrega.

Ela aceitou o convite do compadre e eu fiquei contente que ela tenha aceitado.

Lembrei de um amigo que ficou muito aborrecido com acontecimento parecido envolvendo sua mulher. Foi mais ou menos parecido com o que eu ouvi e vi hoje. A esposa desse amigo estava no centro da cidade e encontrou com amigo do casal. O cidadão convidou a senhora para almoçar e ela não aceitou.

Ela não gostou do convite e meu amigo marido dela também não. Ele me disse que homem não deve e não pode convidar senhora casada para almoçar sem a presença do marido.

Tem cabimento um negócio desses? O homem  encontra ao acaso com mulher de amigo, é hora de almoço, e ele não pode convidar a senhora casada para almoçar, e ela não pode aceitar.

Na cabeça desse amigo e da mulher dele a coisa deve acontecer assim: eu encontro casualmente a mulher dele na rua é hora de almoço eu a convido para almoçar ela aceita. Terminado o almoço eu jogo ela sobre a mesa e alí entre restos de comida copos e talheres nós...

Se ela fosse solteira aceitaria meu convite para almoçar. Comeríamos conversaríamos e cada um seguiria seu caminho. Mas ela é casada, estaria traindo o marido ao aceitar convite para simples almoço. Algo precisa mudar nessa instituição falida chamada casamento.









 

 
 
 
 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 18/10/2011
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