NO SUPERMERCADO

 

 

 

Hoje, para variar, fui ao supermercado e ali na frente não vi carrinhos pequenos, aqueles de dois andares, como eu gosto. Só dos grandes, que odeio! Perguntei a um funcionário, ele disse que estavam todos ocupados. Dei uma sapeada perto dos caixas na esperança de que algum vagasse, e então notei que ninguém empurrava carrinho pequeno. Sem alternativa, peguei um grande mesmo.

 

Tenho solene implicância com esses fenemês. Eles não são pesados, porém acho desajeitado conduzi-los, principalmente quando temos que desviar de outros que vêm em sentido contrário. Ou então estão parados bem no meio de corredores estreitos enquanto seus ‘donos’, de costas, examinam as prateleiras à procura de certos produtos. Quando eu penso que vai dar pra passar, eles se engancham. Como não há código de trânsito no supermercado, às vezes batidas acontecem. Felizmente ninguém se machuca. Com o carrinho pequeno as manobras ficam muito mais fáceis.

 

Além disso, o que mais me incomoda nos carrões é que as compras ficam amontoadas e misturadas. Iogurtes e queijos, por exemplo, molham pães e biscoitos. Tenho arrepios só de pensar numa caixa de sabão em pó encostada nos alimentos. E se tiver que levar um garrafão de água sanitária?...  

 

Por essas e outras é que prefiro o carrinho de dois andares. No compartimento superior vão os alimentos devidamente separados em secos e molhados. No inferior, os produtos de limpeza.

 

Disseram-me que os carrinhos pequenos estão desaparecendo porque tem gente que os leva para casa. Será?... Não acreditei. Penso que os gerentes de supermercados acham que eliminando-os compraremos muito mais.

 

Se depender de mim, estão fritos. Vou levar meu carrinho de feira.