AMOR: JÓIA RARA, DIAMANTE

Aos poucos se percebe que o amor é talismã precioso, jóia rara a ser encontrada. É semelhante ao canto longínquo de um pássaro exótico infiltrando-se suavemente no entardecer, bálsamo que alivia as dores da alma. O amor é como o brilho daquela estrela distante e fugidia alegrando o anoitecer. É o milagre do dia que amanhece. É o sol, é a chuva, é o vento, é a força viva da natureza acontecendo. O amor é o mais profundo de todos os abismos que assolam a alma do homem. Um jeito distante de estar sempre perto. Emoção que se renova a cada instante. Sentimento bonito e estranho, às vezes inexplicável, que mais se parece com o sorriso de criança inocente desabrochando para a vida. O amor é tudo isso e muito mais. O amor é um mistério. É magia. É doce e é amargo. Tristeza e alegria. O amor é algo pleno e completo, que nos preenche por dentro e que nos faz sorrir por fora. É uma agonia gostosa que nos inquieta e que, ao mesmo tempo, acalma o espírito. Tem o poder de nos impulsionar e de nos projetar para novos horizontes. É também uma luz, um farol que ilumina a vida. Refulge nas cores do arco-íris e exala o perfume da mais linda flor. O amor é um ideal a se cumprir. Longa estrada, caminho comprido, jornada repleta de aprendizagens. O amor é essa emoção bonita, esse sentimento sublime que nos faz amar a tudo e a todos como parte de nós mesmos. Acima de tudo, o amor é um tesouro secreto, brilhante, coruscante, que não pode ficar para sempre escondido. Tem que ser buscado, garimpado, ajuntado, polido e distribuído como jóia rara, precioso diamante, que transforma e cura com seu brilho tudo o que alcança. O amor é a beleza, a solidariedade, o companheirismo, a compaixão e o sorriso. É uma fonte perene, jorrando alegria. E, por fim, o amor é tudo aquilo de mais de bonito e de mais raro que você tiver guardado no seu coração... E pronto para dar, sem nada em troca esperar...

(José de Castro, crônica produzida dentro do espírito natalino de 2006 - Natal/RN)