BANCO SURREAL S.A.
Ontem, vi bandeiras de todas as cores e ouvi vozes em várias línguas engrossando movimentos de repúdio às ignominiosas forças detentoras do poder financeiro, insolentemente instaladas no mundo inteiro, que avançam sem trégua orientadas por suas ganâncias e em detrimento à sorte das massas.
No mesmo espírito, embora para evocar questão doméstica, igualmente, não me ponho omisso neste momento; respondo presente com umas poucas perguntas, que, a seguir, coloco em evidência.
Por que haveria de aceitar que uma determinada classe trabalhista, aqui, obrigue-me a servir como objeto de suas reivindicações, lícitas ou não, mas que de nenhuma forma me trarão benefícios?
Por que esse seguimento social, um dos melhores remunerados no Brasil, atribui-se o direito de gozar anualmente período adicional de férias, à guisa de acumular vantagens próprias, ignorando os danos que gera a mim, assim como à dinâmica da economia do país?
Por que esse pequeno extrato da população brasileira não concebe formas alternativas para buscar seus privilégios, que não sejam fazendo deste e dos demais clientes reféns de suas aspirações, sem que os ganhos sejam compartilhados?
Por que essa corrida sazonal atrás de outras vantagens perpetua a tática de desdenhar dos riscos morais, da saúde e da vida mesmo de inocentes, até que a conciliação laboral atinja o limite de suas pretensões?
Quando essas perguntas quiserem calar, silenciar-me-ei.