INDECISÃO OU INCOMPETÊNCIA

Não gosto e não costumo escrever alguma crítica a algum lugar onde fui bem ou mal atendido, seja ele qual for. Todavia, agora abro uma exceção neste meu comportamento e passo a abordar um fato que aconteceu no momento em que eu estava sendo atendido num posto de saúde do SUS, aqui no bairro onde moro, Guaianases - São Paulo.

Por ordem médica, estou autorizado a receber uma medicação mensal pode tempo indeterminado. Trata-se de uma injeção de vitamina B-12. Então, sempre que ali compareço com esta finalidade, dependendo do dia e hora, o (a) enfermeiro (a) é uma pessoa diferente, isto é, dificilmente é o mesmo funcionário que me atende. Só que quanto a isto, não tenho nada contra. Pelo o contrário, o importante para mim é ser simplesmente atendido e de preferência da melhor maneira possível, por que não?

Durante esses meses que ali frequento nunca havia percebido nenhuma insegurança, displiscência quanto ao atendimento de algum (a) profissional da saúde. Só que recentemente aconteceu algo que me deixou, como se costuma dizer, de orelhas em pé, ou seja, desconfiado.

Na sala onde eu seria atendido havia duas atendementes. Pouco me importava qual delas iria efetuar a aplicação. Aconteceu que, quando a auxiliar de enfermagem leu na receita que se tratava de injeção, já me fez uma pergunta inadequada:

-"O senhor trouxe o medicamento?"

Fiz de conta que não ouvi aquela inusitada pergunta. E antes mesmo de falar que aquele remédio dever estar ali mesmo, a outra enfermeira, percebendo a gafe da colega já se prontificou para procurar no pequeno armário. Abriu uma gaveta, olhou, olhou e na terceira tentativa ao olhar uma ampola, pensou alto:

-"Será que é esta?"

-"Ah, eu acho que é a outra!"

Percebendo a indecisão das duas, não resisti, pedi licença e falei:

-Não seria melhor eu ir na farmácia para saber qual é a injeção correta?

-"Ótimo, é isso mesmo!" - Falou uma delas - quando na realidade ela era quem deveria ir tirar a dúvida. Afinal, o problema era delas, principalmente a dúvida, a indecisão, a incompetência.

Na farmácia, expliquei aquela aberração. O funcionário balançou negativamente a cabeça e falou para mim:

-Vem comigo senhor.

Só que como ele foi por dentro do prédio do posto de saúde, chegou primeiro do que eu. Quando adentrei na sala ele já ia saindo com a cara de poucos amigos. E pelo nervosismo da enfermeira, tudo indica que deve ter levado uma advertência verbal, para não dizer outra coisa.

O certo é que, após esta celeuma, a injeção foi aplicada e saí dali mais tranquilo. Afinal, quando a imprensa divulga casos, por exemplo, de auxiliar de enfermagem que ao invés de soro, aplicou vaselina no corpo de uma garota de dez anos, causando a morte, é mais do que importante ficar atento no momento de receber alguma medicação, principalmente, quando se percebe, como foi neste caso que aconteceu comigo, que há uma nítida indecisão por parte do (a) funcionário (a).

Todo o cuidado é pouco!

JOBOSCAN

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 15/10/2011
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