O DIA DO PROFESSOR EM BRANCO (Só um estudante extremamente dedicado não precisa de mestre presencial, aprende só.)
Um aluno desobediente insistiu em dizer que eu não tinha moral para ele, por isso recusou-se a me homenagear no dia do professor. É claro, por ser tão inculto e não saber ler a nossa relação e muito menos ser capaz de entendê-la, à vista disso eu não pude fazer nada à seu respeito por culpa dele mesmo, hoje o vejo por aí, trabalhando na "mototáxi", transportando passageiros apressados. Mas, não é porque esse imoral não reconhece minha moral, devendo até me taxar de doido, que deixarei de ser um profissional. Não tenho culpa se ele não me honra, também não participará de minha prosperidade. Pois, quem respeita merece respeito. Eu sempre os respeitei da forma correta. E só um estudante extremamente dedicado não precisa de mestre presencial, aprende só: autodidata.
Quantas homenagens deveria receber um professor de vinte anos de magistério, pois tivera a cada ano, frequentantes em suas classes, em média, uns trezentos alunos!? Mas, estamos tão desprestigiados que eles se recusam até fazer a tal "vaquinha" para comprar os salgadinhos e refrigerantes da festinha dos professores, na qual eles mesmos vão comer e beber.
Ainda ouvi de uma aluna de cuja sala não planejou homenagem alguma, falando sobre não ter ganhado festa no dia das crianças, então não ia colaborar, justificou. Eu não esperava isso dela, era uma boa moça, se dizia evangélica, se não fosse tão injusta! O colégio homenageou, sim, as crianças por uma semana toda, com uma programação diferenciada; achei o bastante.
No Facebook, dois ou três recadinhos dos colegas de trabalho! Onde estão "os viciados na net"? Eu até entendo, nós professores não podemos "add" nossos alunos nas redes sociais, pois nos acusam de pedófilos, disso eles também se protegem! Afinal, sem homenagens, sem contatos virtuais, por último, sem transferência de conhecimento. Professor se protege de aluno, e aluno se protege de professor, por causa destas e de outras violências ressonantes do "cabo de guerra" "pseudo-socioeducacional" é que o dia do professor vai passar em branco. Concluo com as cabidas palavras de Johann Goethe: "Onde me devo abster da moral, deixo de ter poder".