Eutanásia: quando o homem decide brincar de Deus
Até que ponto temos o direito de decidir o que fazer com as nossas vidas? Se não somos os responsáveis por decidir quando ela começa, seria justo então escolher quando ela terminará?
A Eutanásia, ou seja, a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida por um especialista, no Brasil, é considerada homicídio.
Mas, será mesmo que diante de doenças graves e sem cura, somos obrigados a suportar calados o sofrimento, se tudo pode ser resolvido num piscar de olhos? Ou melhor, numa simples aplicação intravenosa?
Admitir o fato de que chegou o fim da linha não é fácil. Porém, cabe a Deus encerrar aquilo que Ele começou, ou seja, o processo da vida. Somos suas criaturas, e por mais clichê que isso possa parecer, ELE sabe o que faz, e, sendo assim, o direito de pôr um ponto final e "acabar" com tudo isso é único e exclusivo do Criador.
Suportar certas dores, realmente não é simples. Chega um momento em que além de perder a batalha contra as enfermidades, perdemos também a fé Naquele que nos deu a vida.
Questionamos o seu amor e clamamos por sua compaixão e misericórdia, mas quando não alcançamos respostas que nos satisfaçam, nos sentimos menos amados, injustiçados e abandonados.
A vida é um processo de autoconhecimento, de ganhos, perdas, acertos, erros, aprendizado...
Nascemos, crescemos, às vezes, envelhecemos. Porém, a única certeza que ela nos dá é de que um dia todos nós iremos morrer.
Mas, por mais sofrimentos que tenhamos ao longo do caminho, devemos ter em mente que só Deus pode encerrar a nossa passagem por aqui.
Afinal de contas, ELE só nos dá fardos pesados, porque tem a plena convicção de que somos capazes de carregá-los.