A última quimera
Quimera ainda morava aqui. Mas se foi quando o outono chegou, ainda habitava aqui um peito cheio de amor e utopias.. mesmo cabalísticas para todos os seres, ela ainda fazia com que meus olhos saltitassem de alegria e meu corpo exalasse perfume de amor. Quimera resolveu ir embora, logo agora que eu estava querendo usa-la, mesmo que já estivesse um pouco empoeirada e esquecida na estante da minha vida. Quem dera ser o ultimo romântico, aquele que anda por ai numa calçada ladrilhada com brilhantes, esperando somente, que seu amor passe e o leve ara voar sob as calçadas amarelas da utopia central. Queria encontra-la outra vez, pode ser em qualquer lugar, até mesmo na fila do pão, mas eu queria que a minha doce suave e “última” quimera ficasse, e me amasse de forma que eu jamais deixasse-a ir outra vez de dentro da minha alma. Talvez eu tenha encontrado-a, porem tenha duvidado que aquilo era mesmo meus sonhos que andam por ai esquecidos em becos diagonais e calçadas frias; Agora me diz o que devo fazer para sentir a brisa outra vez? sem claro aqueles velhos clichês de que ‘tudo passará’.. por favor quem souber o caminho de uma quimera, mesmo torta e arredondada, ou oval, mas também pode estar quadrada, me diz, preciso sonhar outra vez.