FILOSOFIA DE UMA FUGA

Naquela mesa de bar, ele pensa a vida.

Em cada gole no malte, uma letra se adoça num súbito de fuga onde cada assunto do cotidiano perde a importância.

Fazer o quê? Pergunta não para obter respostas, mas para dialogar com a razão que insiste, apesar de perder forças no efeito orgânico do liquido marrom.

Amanhã? Ah!!! Amanhã é amanhã; o hoje é o bar e o malte! O resto é o porre que já bate na porta do corpo.

"Se não há soluções, curta as fugas"... pensa num sorriso choroso que não se sustenta no dia seguinte.