DEPOIS DAS TRÊS DESILUSÕES (BVIW)
O primeiro foi um sonho, foi platônico, foi silencioso. Me apaixonei assim que meus olhos adolescentes pousaram nele. Era a cópia do Jerry Adriani! Meu coração pulsava cada vez que nossos olhos se cruzavam e eu vibrava nos longos "flertes" que trocávamos. Eu e todas as meninas do colégio estávamos apaixonadas por ele. Não fui a escolhida...
O segundo não foi sonho. Foi um amor fortemente correspondido. Foi lirismo, cumplicidade, companheirismo. Carícias plenas, alegria e tristeza. Foi puro, foi real, mas não consumado. Eu o amei com toda minha ternura juvenil e experimentei pela primeira vez a dor do preconceito. Ele era "desquitado", situação maldita numa época em que não existia o divórcio no Brasil. Fui covarde, tive medo e desertei do sentimento mais bonito que a vida me ofertou.
O terceiro veio com o sol quente de um verão à beira-mar. E o que poderia ter sido apenas um "amor de verão" se transformou no grande amor da minha vida adulta. Mergulhei de cabeça! Realizada física e emocionalmente, eu vislumbrava já um amor além da vida. Desilusão! Não foi nem uma vida! Ele me deixou e seu adeus apagou para sempre minha crença no amor.
Três vivências diferentes na sua forma, mas tão iguais na sua essência! Três desilusões que mataram os meus sonhos. Depois delas, jurei não mais me envolver. E nunca mais amei ninguém.