A afluência de cristãos ao Santuário Nacional de Aparecida é um fenômeno que não se interrompe e que cresce de ano para ano. A simplicidade dos fatos que deram origem a essa devoção genuinamente brasileira é algo tocante e revela a índole do catolicismo brasileiro. Nosso povo é bom e acolhedor por natureza. Marca atribuída à riqueza do amálgama étnico de imigrantes provindos das mais diferentes regiões do planeta.
“Aparecida”, do verbo aparecer, surge como um diálogo de pergunta e resposta, dentro das circunstâncias da história original. Duas aparições completam-se mutuamente. A da imagem na rede dos pescadores e a do povo em crescente, diante da imagem. Um verdadeiro e inexplicável encontro. Mas real. Nada foi forjado, mas tudo foi “aparecendo”.
Espontâneo e simples foi esse encontro. Muito no molde do nosso jeito brasileiro que, quando não influenciado por manifestações externas e artificiais, corre com naturalidade e com sabor íntimo e familiar.
Lembra o grão de mostarda de que fala o Evangelho. À pequena aparição na rede de três pescadores incumbidos de prover de peixes celebração política que estava para acontecer nos idos de 1717, correspondeu e corresponde a impressionante aparição do povo, em todos os dias do ano, mas especialmente em datas mais expressivas, como a principal, no dia 12 de outubro.
O olhar pode divisar o formigueiro humano que aflui e circula pelo local. O que o olhar não consegue penetrar é o mistério de cada um daqueles corações, humildes na maioria, carregando afeto sincero, carregando lágrimas e sofrimentos, carregando gratidão pelo consolo recebido, vencendo distâncias, cansaços, despesas, para chegar bem perto de um símbolo que recorda a Mãe de Jesus, pequenina na imagem, mas infinita na fertilidade da fé que caracteriza a nossa gente.
Em cada povo há uma história diferente sobre manifestações marianas. As mais universais são Lourdes, Nossa Senhora da Medalha e Fátima, na Europa. Na América Latina, Guadalupe. É a Mãe que entende a linguagem da criança e adapta-se a ela. Assim como a criança se aninha aconchegada no colo da Mãe, ao menor sinal de atenção e carinho. E que sinal minúsculo: uma imagem rústica partida em dois.
A devoção a Maria, Mãe de Jesus, aquela que Deus escolheu por Mãe, é seguro documento espiritual de união, de fidelidade às origens, de respeito e preocupação pela proposta ecumênica, certamente a necessidade mais urgente para os cristãos mergulhados compulsoriamente numa modernidade marcada pelas divisões, pelo materialismo irrefreado, pelo conseqüente e fátuo individualismo e pela alarmante adoração do bezerro de ouro chamado dinheiro.
Intrigante aquela pesca de outubro de 1717, que trouxe na rede um peixe inesperado (o peixe sempre foi o símbolo litúrgico de Cristo), diferente de todos os outros, mas que alimenta a mesa da fé para centenas de milhares de corações humildes, que estendem suas mãos cheias de esperança para o Deus querido.
“Aparecida”, do verbo aparecer, surge como um diálogo de pergunta e resposta, dentro das circunstâncias da história original. Duas aparições completam-se mutuamente. A da imagem na rede dos pescadores e a do povo em crescente, diante da imagem. Um verdadeiro e inexplicável encontro. Mas real. Nada foi forjado, mas tudo foi “aparecendo”.
Espontâneo e simples foi esse encontro. Muito no molde do nosso jeito brasileiro que, quando não influenciado por manifestações externas e artificiais, corre com naturalidade e com sabor íntimo e familiar.
Lembra o grão de mostarda de que fala o Evangelho. À pequena aparição na rede de três pescadores incumbidos de prover de peixes celebração política que estava para acontecer nos idos de 1717, correspondeu e corresponde a impressionante aparição do povo, em todos os dias do ano, mas especialmente em datas mais expressivas, como a principal, no dia 12 de outubro.
O olhar pode divisar o formigueiro humano que aflui e circula pelo local. O que o olhar não consegue penetrar é o mistério de cada um daqueles corações, humildes na maioria, carregando afeto sincero, carregando lágrimas e sofrimentos, carregando gratidão pelo consolo recebido, vencendo distâncias, cansaços, despesas, para chegar bem perto de um símbolo que recorda a Mãe de Jesus, pequenina na imagem, mas infinita na fertilidade da fé que caracteriza a nossa gente.
Em cada povo há uma história diferente sobre manifestações marianas. As mais universais são Lourdes, Nossa Senhora da Medalha e Fátima, na Europa. Na América Latina, Guadalupe. É a Mãe que entende a linguagem da criança e adapta-se a ela. Assim como a criança se aninha aconchegada no colo da Mãe, ao menor sinal de atenção e carinho. E que sinal minúsculo: uma imagem rústica partida em dois.
A devoção a Maria, Mãe de Jesus, aquela que Deus escolheu por Mãe, é seguro documento espiritual de união, de fidelidade às origens, de respeito e preocupação pela proposta ecumênica, certamente a necessidade mais urgente para os cristãos mergulhados compulsoriamente numa modernidade marcada pelas divisões, pelo materialismo irrefreado, pelo conseqüente e fátuo individualismo e pela alarmante adoração do bezerro de ouro chamado dinheiro.
Intrigante aquela pesca de outubro de 1717, que trouxe na rede um peixe inesperado (o peixe sempre foi o símbolo litúrgico de Cristo), diferente de todos os outros, mas que alimenta a mesa da fé para centenas de milhares de corações humildes, que estendem suas mãos cheias de esperança para o Deus querido.