Festas de Animais.

Festas do peão, touradas, vaquejadas e as festividades de uma maneira geral que fazem uso e abuso dos animais são tidas como manifestações culturais regionalistas, mas, cá entre nós, de um tremendo mau-gosto.

Aí dizem que faz bem para a reunião popular e coisas do gênero; “que faz parte da tradição”. Que tradição o caralho, não existe tradição que não pode ser extirpada do espaço-tempo, ainda mais essas vulgaridades sem graça chamadas festas de peão. Botem os peões montando uns nos outros que a coisa fica engraçada, sendo eu inclusive até capaz de ir para rir um pouco, já que a vida real não tem nada de festividade.

Tudo que faz uso de animais, digo, os irracionais, é medieval e brutal. Ficaria mais divertido, como dito, se os nobres cavaleiros e/ou toureiros montassem cada um no outro, numa disputa saudável, tirando uma ou outra hérnia de disco ou desvio de vértebra, mas nada que gelo, massagem ou alguns emplastos não dêem jeito.

Chegou o tempo de se avaliar os motivos e estruturas dessas festividades primitivas. Algodão-doce se encontra em qualquer lugar, barracas, tendas, cervejas, músicas, isso se monta ao léu para o encontro dos jovens, dos velhos, de gostos variados. Não precisa explorar ser vivo para mero deleite. Ultrapassamos essas fronteiras da ignorância. Será que não percebem?

É plenamente possível substituir o animal por outro meio de distração.

Deixem os pobres animais em paz ao menos nisso, já que lhes devoram até os ossos, deixem ao menos um tempo a mais de suas liberdades cerceadas em prol de nosso bel deleite, para que pastem o pouco de vide que nós lhes proporcionamos e retiramos na hora que bem entendemos. Digo nosso, a maioria, os que freqüentam locais assim, o que não é o meu caso e nem o de meus próximos.

Depois surgem outros dizendo que os “gases” do gado são prejudiciais à camada de ozônio. Tenham a santa paciência!...

SAvok OnAitsirk, 11.11.12.