Comentários bobos



 
                           A gente lê alguma coisa de alguém.  Um amigo nos faz uma observação.
                          Outro alguém  escreve uma crônica. Outra mais nos faz um comentário amigo.  Aquele conhecido nos abraça. O carteiro nos sorri.  O olhar do desconhecido nos descobrindo.
                         E aí acontece o milagre: temos um rápido vislumbre. É isso!
                        Aprendi, hoje, que devemos dar aquela paradinha e olhar para o que nos rodeia. Olhar e ver, quer dizer, registrar o fato.
                        E aí acontece o milagre: vemos o pássaro construindo, a duras penas, o seu lar numa árvore. A criança indo para a escola, com a alegria nova de quem está conhecendo o mundo.      O meu gatinho me fazendo festa, quando eu acordo. O bom dia daquela senhora  risonha  que me vê da janela da sua casa.
                       Ah! ia me esquecendo: até aquele silêncio  da amiga que não responde meus e-mails. Com certeza ela está dando o seu recado. É só ter olhos pra ver.
                       O Ciro me convidando para tomar um vinho tinto seco. Só pra festejar a vida.  O Roberto, lá de Belo Horizonte, rindo das minhas travessuras. E o Paulo Rego garimpando novos valores no Recanto das Letras. O Seminale, trabalhando duro como médico pediatra e se dando ao trabalho de comentar o seu dia-a-dia. O Claudio Poeta nos instigando com sua poesia elevada. O Antonio Maria, lá do Maranhão, me ensinando a fazer trovas ( não consigo contar direito as sílabas poéticas).  A Silvia Regina com seus sonetos imortais e muitas vezes bem  sensuais! O primo Felix, com suas frases geniais. Marina Alves, sempre valorizando meus pobres poemas. A Deyse Felix, contando estórias hilárias da padaria que ela frequenta, e de quebra, apesar de paulistana, ainda conquista o coração do carioca flamenguista.  LenaPena esbanjando maturidade. O Zé Claudio, com seu coração de ouro e suas reflexões filosóficas.  E o Sam Moreno nos ensinando a não ter medo do sexo. Ainda teria que falar muito na Millarray, nos ensinando a apreciar a cultura chilena. Da Maria Mineira, Maria Luiza Martins, e da Meire de Goiás.  E teria que falar também da Juli Lima.  E não esquecer a Joema Maia.   É muita gente pra lembrar. O espaço não dá. Sintam-se todos, por favor, bem lembrados por este abobado cronista.
                              Essas pequeninas coisas dão uma felicidade danada de boa.
                             Por que muitas  pessoas não percebem isso?
 
Gdantas