MOVIDOS POR PAIXÕES...


A greve não é, nunca foi e nem nunca será a forma ideal de se tentar “resolver” inconsistências da vida profissional do trabalhador "insatisfeito" com as "atitudes" do patrão. As entidades sindicais e os patrões sabem disso; alguns empregados também...

Os “defensores” dos empregados, useiros e vezeiros nesse tipo de impasse trabalhista tentam, por meios de seus artifícios mirabolantes, “incitar” seus “comandados” para, em seguida, “emparedar” os patrões e, na maioria das vezes conseguem realizar seu intento, geralmente direcionado para uma possível ascensão “desse” ou “daquele” no mundo da política partidária.

A entidade patronal, por sua vez, já acostumada com a rotina desses movimentos paredistas, tenta pousar de “mocinho” e fica na retaguarda do movimento, atenta, na maioria das vezes, segurando baldes com pouco volume de água, “esperando o circo pegar fogo”.

Os movimentos paredistas em ação, cumprindo a rotina de seus cronogramas, mais dia menos dia, cessarão seu poder de fogo e os “comandados” das entidades sindicais, mais uma vez, “ficarão a ver navios”.

No final desse embate, ora político ora patético para quem o observa de parte, o povo é quem pagará a conta. E como esses “comandados” das entidades sindicais representam uma grande parcela das massas envolvidas e, por vezes, agindo movidos por “paixões”, com certeza o farão sem sentir o real peso dessa despesa nos seus bolsos.

Ano que vem teremos outros movimentos iguais aos atuais. Entidades sindicais de um lado, patrões do outro, e os “comandados” pelas entidades sindicais, agindo bravamente movidos por suas paixões, continuarão servindo de massa de manobra... Até quando?