A Luz de Deus
Por volta das 20:00 horas, no dia quatro de outubro de dois mil e onze, após um dia exaustivo de trabalho, estava voltando de ônibus para a minha casa e lendo o livro do autor Nicholas Sparks, quando ouvi um estrondo ao meu lado, na avenida Jacú Pêssego próximo ao Rodoanel, não sei ao certo se foi tiro ou pedra, mas sei que as duas janelas estilhaçaram e seus cacos caíram sobre a minha cabeça.
Provavelmente não era pedra, porque ela estaria dentro do ônibus e os vidros não teriam quebrado com tamanha presteza.
Levantei-me do lugar e fui sentar-me em outro banco e disse:
- Querem assaltar o ônibus, não parem.
Cheguei em casa e disse ao meu marido que não pego mais esse ônibus nesse horário e que ele fizesse a gentileza de buscar-me.
Foi o que ele fez no dia seguinte.
E no dia sete de outubro, ao chegar na página 280 do livro de Nicholas Sparks têm um trecho que diz que a janela que Steve e o seu filho Jonah estavam fazendo para a Igreja é a luz de Deus, porque lembra o céu. Sempre que essa luz brilhar pela janela que eles fizeram ou por qualquer outra janela Steve estaria lá.
E então eu pensei que foi a mão de Deus que fez com que a pedra ou o tiro pegasse no friso do vidro, porque se pegasse no vidro minha cabeça teria estourado e eu não estaria aqui para contar essa história.
E hoje de madrugada descendo a rua vi o Sol clareando a mata e senti a presença de Deus.
A Luz de Deus que embora alguns seres humanos não a percebam, está em todo o lugar iluminando os nossos caminhos por onde passamos e nos protegendo de seres que não têm o mínimo de respeito com a vida do próximo e que por dinheiro matam uma pessoa dentro do ônibus para que ele pare e consigam realizar o seu intento que é o de roubar pertences alheios.