Mercado em baixa?... Guerra a vista.
Tinha mesmo que rir. Enquanto lembrava da cena que presenciara, procurava em sua bolsa as chaves de casa e não as achava. Ah, bolsa de mulher... Finalmente conseguiu achar e entrou, ainda sorrindo e pensando... Tem gente pra tudo...
Depois de ter colocado uma roupinha bem fresquinha, após o banho, foi para a cozinha e ainda sorria do fato ocorrido ali, pertinho da entrada do seu Edifício.
Refletiu...e se fosse comigo? Teria morrido de raiva, muita raiva mesmo, mas a vergonha me impediria de fazer o que a garota do prédio em frente fez ao descobrir que sua amiga estava “dando mole” para o seu “namorido” ou, como todo mundo já sabia, ele é que estava de olho “cumpriiiiido” na amiga e vizinha. A garota não conversou, esperou os dois chegarem – um após o outro – e iniciou a sessão “inquisição medieval”, questionando em voz alta o que estaria acontecendo... E, quanto mais o “namorido” pedia calma, mais ela aumentava a voz e ia inserindo quem passava com perguntas do tipo:
- E a Senhora, acha isso possível?
- O Senhor, ouviu o que ela disse?
E assim conseguiu formar uma verdadeira plateia... a seu favor, lógico.
Garota corajosa... Enquanto jantava, imaginava se seria realmente amor demais, ou se o que ela queria era se livrar do tal “namorido” e procurava um motivo ou, então, se realmente, defendia o que era seu com medo de entrar em nova “temporada de caça” por um artigo em escassez no mercado mundial – HOMEM.
Maria Emília Xavier
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''A maior covardia de um homem
é despertar o amor de uma mulher
sem ter a intenção de amá-la.''
(Bob Marley)