IGNORÂNCIA RELIGIOSA.
“É para o próprio bem das mulheres”. Com essa ignara e estúpida afirmação, que adjetivar de atrasada seria premio à pessoa da mais estreita e acanhada mente, uma “autoridade” religiosa da Arabia Saudita celebrou a condenação de Shaíma Jastaina, que ousou dirigir veículo.
Sentença: DEZ CHIBATADAS.
Vergastar o chicote nas “ventas” de um sujeito dessa estirpe deveria ser a pena para a idiotice carregada de presunção.
Dez chibatadas em uma mulher, dez violências máximas para a flor da vida, que conduz a vida e traz a maternidade em seu ventre;
Dez esvaziamentos da plenitude de quem é carinho, sedução de beleza, amor e sonho para um outro ser, o homem;
Como um “ser de segunda classe” a mulher sempre foi tratada....
No Brasil, somente após longos passos distantes da entronização de uma república democrática através do voto, a mulher começou a ser, de verdade, cidadã. Deu-se a ela o direito de votar pela constituição de 1934. E surpresa.... concedeu o direito um ditador, Vargas.
A perseguição contra a mulher é longeva, mesmo bíblica. Basta conhecer um pouco sua história, até a romanceada sedução de Eva, de todos conhecida, a marca do pecado.
Nas tribos e grupamentos primevos seu lugar era de segunda classe, trabalhava enquanto os homens se deleitavam. Trabalhavam sempre.
No sexo eram serviçais aos desejos masculinos, nada mais. Sempre escravas, da vontade e do prazer de seus “proprietários”.
Agora, em plena “primavera árabe”, onde os valores da liberdade pretendem aflorar e serem reconhecidos, é ignomínia lançar uma pena odienta e odiosa, por nada, por dirigir um veículo, quando milhares e milhares de mulheres no mundo já o fazem desde os “fordecos” 1929.
Um excremento essa "autoridade religiosa", que vê o bem em atitude que gera todo o mal visível na humanidade, o que castra o direito de liberdade na mais mínima expressão.
Felizmente o rei Abdullah, cancelou a punição repulsiva sob qualquer ângulo.
Que um balde de luz lave a sujeira que habita a mente desse idiota...