SER MÃE
Maria Luiza Bonini
Quando um filho nasce, assumimos o dever de ensiná-lo, durante longos anos, tudo o que obtivemos de experiência na vida, para que ele escolha trilhar caminhos mais seguros, no intento de chegar à realização de seus (que tambem passam a ser nossos), ideais.
A tarefa é muito semelhante à dos pássaros, quando a fêmea em uma atitude de amor, expulsa seu filhote do ninho, para que ele aprenda a voar.
Quando conseguimos fazer com que um filho voe é sinal de que obtivemos sucesso em nossa missão de torna-lo um ser independente e dono de sua vontade.
Já ouviu falar da síndrome do ninho vazio?
Pois é esta a sensação conflitante que sentimos quando um filho alça vôo em direção ao seu destino, como consequência do que os ensinamos, passo a passo, desde que nasceu.
Nossas lágrimas são de tristeza e alegria, num miscigenar
de emoções que nos fazem sentir a dor e a alegria do mais terno e verdadeiro amor.
Nossos filhos se vão , à busca da primavera e nós ficamos em nosso outono, aguardando a chegada do inverno.
Isto é paixão. Isto é abnegação. Isto é altruismo. Isto é amor. Isto é ser Mãe!
SP.10.05.09
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