Refem do Silêncio

Hoje acordei com gosto de tristeza na boca, hálito de saudade e aperto de solidão.

Como se ontem fosse muito tarde e amanhã muito cedo pra mudar de decisões.

As vezes no peito agente carrega lembranças de coisas vividas lá traz, são marcas de dores e magoas.São rios de carinhos poluido, fontes de paixão seca, lembranças amargas que melhor é esquecer.

E sem coragem de olhar no olho engolimos esse sentimento a seco, nos tornamos refém do nosso silêncio, tememos a exposição da fraqueza nos sentindo assim em silêncio os poderosos e fortes. Fui dormir com vontade de vomitar tantas palavras presas na garganta.Com desejo de falar pro mundo que temo a tecnologia, a ciberatividade, a infantilidade dos adultos e as crianças maduras.Vontade de dizer que tudo me assusta e que as vezes nada me consola.

Mas não vomitei nada nem passei mal, já criei uma proteção desprotegida de um mundo frágil do silêncio.

Amanhã vou acordar com gosto de amargura na boca, hálito de covardia, e aperto nos musculos atrofiados pela derrota.

E continuo na vida moderna cotidiana, da não-verdade, das meio-mentiras, da não-auto aceitação.Até não acordar mais e niguém saber quem fui.