DIREITOS E DEVERES HUMANOS
Vejo, diariamente, os fatos de incivilidade praticados por aqueles que deveriam ser o benefício-retorno dos impostos recolhidos aos cofres públicos.
Entre amigos, vizinhos, parentes e estranhos, seja ao vivo ou através de noticiários, na mídia (a qual ainda tem todos os cuidados em minimizar tudo que atinja as autoridades, para não denegrir a imagem dos responsáveis), enfim, na minha própria pele, quando necessito, principalmente de assistência médica. Isso porque pago um plano de saúde.
Esta semana estive à beira de um infarto ou AVC, juntamente com outros familiares, quando minha mulher precisou de serviços do DETRAN-SP. A maratona começou quando ela se dirigiu ao referido departamento, na Zona Leste de São Paulo-SP. Devido à baixa umidade relativa do ar e péssima qualidade, desde informações para chegar ao local (note-se que ela reside em São Paulo há nove meses e, mesmo que tivesse nascido aqui, nos anos 50, como eu, enfrentaria os mesmos problemas), começou a sentir-se mal, após caminhar horas para chegar ao referido departamento, onde enfrentou o martírio da burocracia desnecessária, acrescida das exigências de constitucionalidade duvidosa e da incompetência de todos os responsáveis por aquele serviço “público”.
Após sair de lá, sem solução para o seu problema (aliás aparentemente aumentado), como já estava sentindo-se mal, quase desmaiando, sem que um único ser pensante se dispusesse a, pelo menos, interrogar se precisava de ajuda, adentrou a um Shopping Center, empresa “privada”, onde foi atendida, rapidamente pelos funcionários, seguranças e até o médico de plantão, que quando sentiu que ela apresentava fortes sintomas de melhoria, inclusive para pegar um ônibus, sozinha, pediu que a acompanhassem até o ponto, onde embarcou, de volta para nosso bairro. Ao chegar no ponto em que desceu, voltou a passar mal e um motorista de taxi (conhecido da família), ao avista-la, conduziu-a ao Hospital Público mais próximo (era longe dali), considerado até o menos ruim de todos da região.
Ao chegar, a funcionário (atendente) recusou-se a fazer-lhe uma ficha e solicitou que caminhasse por um extenso corredor, ao final do qual o médico lhe atenderia. Cambaleando, quase caindo, seguiu aquela orientação, chegando a uma sala de esperas, onde inúmeras pessoas, em estado deplorável, iam sendo chamadas e atendidas pelo tal médico. Até que, após horas um segurança, notando o sofrimento de minha mulher, perguntou-lhe o número da senha. Quando ela informou que sequer sua ficha fora feita, ele ficou nervoso e foi reclamar alguma providência.
Bem, omitindo uma série de outras falhas, inadmissíveis, na saúde pública. Vamos, finalmente, ao atendimento médico.
O hospital demorou minutos infindáveis para localizar um aparelho adequado, simplesmente, para medir a pressão arterial dela. Sua pressão esta 15 x 10, isso após ter sido muito bem tratada pelo médico do Shopping (há horas) e ter feito muitos exercícios respiratórios, por conta própria.
O médico tentava manter a própria calma, tratando-a com um sorriso nervoso (que parecia risos), até que uma funcionária lhe trouxe duas fichas de pacientes e ele explodiu. Gritava reclamando que seu horário estava terminando e ele não ganhava horas extras. Tremia de tal forma que minha mulher pensou no pior: Quem atenderia aquele médico?
Bem, encurtando a história, ela foi medicada (se corretamente não sei) e dispensada. Ao sair do Hospital, no ponto de taxi (em frente) tomou um carro, cujo motorista errou o caminho, aumentando em uma hora o tempo que levaria para chegar em minha casa.
Como podem ver, se ela que é uma pessoa esclarecida e experiente sofreu tudo isso, o que dizer da classe mais humilde e ignorante (maioria).
O serviço privado: Shopping Center, foi excelente, além das expectativas, pois se presume que lá visem somente o lucro. Por outro lado todo serviço público é um verdadeiro caos.
Quando surgirão pessoas de caráter, que tenham coragem de denunciar a falta de estrutura com que trabalham (?)? Recursos sobram, pois é assustadora a carga tributária deste país, mas não chegam aos seus destinos. Quando veremos o fim de tanta corrupção, com o brasileiro voltando a ser tratado com o respeito que merece um ser humano “honesto”?
SP – 01/10/11
Vejo, diariamente, os fatos de incivilidade praticados por aqueles que deveriam ser o benefício-retorno dos impostos recolhidos aos cofres públicos.
Entre amigos, vizinhos, parentes e estranhos, seja ao vivo ou através de noticiários, na mídia (a qual ainda tem todos os cuidados em minimizar tudo que atinja as autoridades, para não denegrir a imagem dos responsáveis), enfim, na minha própria pele, quando necessito, principalmente de assistência médica. Isso porque pago um plano de saúde.
Esta semana estive à beira de um infarto ou AVC, juntamente com outros familiares, quando minha mulher precisou de serviços do DETRAN-SP. A maratona começou quando ela se dirigiu ao referido departamento, na Zona Leste de São Paulo-SP. Devido à baixa umidade relativa do ar e péssima qualidade, desde informações para chegar ao local (note-se que ela reside em São Paulo há nove meses e, mesmo que tivesse nascido aqui, nos anos 50, como eu, enfrentaria os mesmos problemas), começou a sentir-se mal, após caminhar horas para chegar ao referido departamento, onde enfrentou o martírio da burocracia desnecessária, acrescida das exigências de constitucionalidade duvidosa e da incompetência de todos os responsáveis por aquele serviço “público”.
Após sair de lá, sem solução para o seu problema (aliás aparentemente aumentado), como já estava sentindo-se mal, quase desmaiando, sem que um único ser pensante se dispusesse a, pelo menos, interrogar se precisava de ajuda, adentrou a um Shopping Center, empresa “privada”, onde foi atendida, rapidamente pelos funcionários, seguranças e até o médico de plantão, que quando sentiu que ela apresentava fortes sintomas de melhoria, inclusive para pegar um ônibus, sozinha, pediu que a acompanhassem até o ponto, onde embarcou, de volta para nosso bairro. Ao chegar no ponto em que desceu, voltou a passar mal e um motorista de taxi (conhecido da família), ao avista-la, conduziu-a ao Hospital Público mais próximo (era longe dali), considerado até o menos ruim de todos da região.
Ao chegar, a funcionário (atendente) recusou-se a fazer-lhe uma ficha e solicitou que caminhasse por um extenso corredor, ao final do qual o médico lhe atenderia. Cambaleando, quase caindo, seguiu aquela orientação, chegando a uma sala de esperas, onde inúmeras pessoas, em estado deplorável, iam sendo chamadas e atendidas pelo tal médico. Até que, após horas um segurança, notando o sofrimento de minha mulher, perguntou-lhe o número da senha. Quando ela informou que sequer sua ficha fora feita, ele ficou nervoso e foi reclamar alguma providência.
Bem, omitindo uma série de outras falhas, inadmissíveis, na saúde pública. Vamos, finalmente, ao atendimento médico.
O hospital demorou minutos infindáveis para localizar um aparelho adequado, simplesmente, para medir a pressão arterial dela. Sua pressão esta 15 x 10, isso após ter sido muito bem tratada pelo médico do Shopping (há horas) e ter feito muitos exercícios respiratórios, por conta própria.
O médico tentava manter a própria calma, tratando-a com um sorriso nervoso (que parecia risos), até que uma funcionária lhe trouxe duas fichas de pacientes e ele explodiu. Gritava reclamando que seu horário estava terminando e ele não ganhava horas extras. Tremia de tal forma que minha mulher pensou no pior: Quem atenderia aquele médico?
Bem, encurtando a história, ela foi medicada (se corretamente não sei) e dispensada. Ao sair do Hospital, no ponto de taxi (em frente) tomou um carro, cujo motorista errou o caminho, aumentando em uma hora o tempo que levaria para chegar em minha casa.
Como podem ver, se ela que é uma pessoa esclarecida e experiente sofreu tudo isso, o que dizer da classe mais humilde e ignorante (maioria).
O serviço privado: Shopping Center, foi excelente, além das expectativas, pois se presume que lá visem somente o lucro. Por outro lado todo serviço público é um verdadeiro caos.
Quando surgirão pessoas de caráter, que tenham coragem de denunciar a falta de estrutura com que trabalham (?)? Recursos sobram, pois é assustadora a carga tributária deste país, mas não chegam aos seus destinos. Quando veremos o fim de tanta corrupção, com o brasileiro voltando a ser tratado com o respeito que merece um ser humano “honesto”?
SP – 01/10/11