Você não precisa estar só
É manhã de segunda feira. Peças de roupas espalhadas pelo chão são traços do momento em que eu estou vivendo. Acabo deixando todas as coisas espalhadas e jogadas por qualquer canto. O cotidiano parece-me agora algo enfadonho.
É bem verdade, que quando casei com a Laura, minha vida era mais organizada ... mas eu não tinha paz ... as cobranças eram muitas.
Com ela eu perdi a identidade. Não conseguia ser verdadeiro.
Se demorasse a chegar, pelo motivo mais fútil que fosse, tinha que mentir, mentir e mentir, de maneira que não precisasse me aborrecer com longas explicações.
Era mais conveniente dizer que estava no trabalho mas, isso não me fazia bem. Ela não me compreendia. Me sentia muito só.
Até que acabou ... sem traumas, sequelas ou acusações, num jeito diferente do que acontece com tantos casais, que terminam a relação quebrando paredes.
Simplesmente nos libertamos um do outro, como se fosse algo que tinhamos começado mas, não deveríamos ter prolongado tanto.
A sensação pós tsunâmi é de que o mundo passa a ser só seu. Você ousa fazer todas as coisas que não se permitia antes, numa linha perigosa que pode não ter retorno. Abatido, muitos quilos a menos e um vazio enorme, esse era o meu quadro pessoal. Não pela falta da Laura, mas, por não conseguir saber de mim mesmo.
Entrei em depressão. Uma colega de trabalho, experiente e sensível ao que eu estava passando me entrega uma versão pequena do Velho Testamento e diz : “- Procure conforto no Criador que Ele lhe dará as respostas que precisa “. Enfiei o pequeno livro na pasta e fui prá casa. Deitado, confuso, pensei em ler alguma coisa antes de dormir. Passei a mão no livrinho e, sem escolher página, o abri em Salmos, numa passagem que dizia que “ Deus faz com que o solitário viva em família “. Mas, a qual família Ele se referia ? Eu me sentia só ... era assim que sempre me senti. Comecei a ler, com rara curiosidade, cada um dos versículos que encontrava e entendi que Deus falava da Sua família e do amor incondicional ao próximo.
Mergulho na Palavra e tenho a sensação de que eu havia mudado. Sinto transformações profundas. Compreendo que, apesar das evidências, eu nunca estive só ... Ele sempre esteve comigo. Nos tombos, me deu sustentamento e agora me mostra um norte de verdade. Começo a olhar os que me cercam com ternura e desenvolvo um sentido diferente de harmonia com a solidão. Me envolvo na Obra Divina e começo a fazer parte da família do amor de Deus e compreendo que eu nunca estive só.
Entendo que Ele esteve sempre atento aos meus passos e, no momento certo fez o chamamento.
Percebo que, por vezes, é importante sofrer as agruras de uma vida material prá entender que a solidão pode significar uma forma de Deus mostrar que você não precisa estar só.
Basta buscar a companhia Dele.
É bem verdade, que quando casei com a Laura, minha vida era mais organizada ... mas eu não tinha paz ... as cobranças eram muitas.
Com ela eu perdi a identidade. Não conseguia ser verdadeiro.
Se demorasse a chegar, pelo motivo mais fútil que fosse, tinha que mentir, mentir e mentir, de maneira que não precisasse me aborrecer com longas explicações.
Era mais conveniente dizer que estava no trabalho mas, isso não me fazia bem. Ela não me compreendia. Me sentia muito só.
Até que acabou ... sem traumas, sequelas ou acusações, num jeito diferente do que acontece com tantos casais, que terminam a relação quebrando paredes.
Simplesmente nos libertamos um do outro, como se fosse algo que tinhamos começado mas, não deveríamos ter prolongado tanto.
A sensação pós tsunâmi é de que o mundo passa a ser só seu. Você ousa fazer todas as coisas que não se permitia antes, numa linha perigosa que pode não ter retorno. Abatido, muitos quilos a menos e um vazio enorme, esse era o meu quadro pessoal. Não pela falta da Laura, mas, por não conseguir saber de mim mesmo.
Entrei em depressão. Uma colega de trabalho, experiente e sensível ao que eu estava passando me entrega uma versão pequena do Velho Testamento e diz : “- Procure conforto no Criador que Ele lhe dará as respostas que precisa “. Enfiei o pequeno livro na pasta e fui prá casa. Deitado, confuso, pensei em ler alguma coisa antes de dormir. Passei a mão no livrinho e, sem escolher página, o abri em Salmos, numa passagem que dizia que “ Deus faz com que o solitário viva em família “. Mas, a qual família Ele se referia ? Eu me sentia só ... era assim que sempre me senti. Comecei a ler, com rara curiosidade, cada um dos versículos que encontrava e entendi que Deus falava da Sua família e do amor incondicional ao próximo.
Mergulho na Palavra e tenho a sensação de que eu havia mudado. Sinto transformações profundas. Compreendo que, apesar das evidências, eu nunca estive só ... Ele sempre esteve comigo. Nos tombos, me deu sustentamento e agora me mostra um norte de verdade. Começo a olhar os que me cercam com ternura e desenvolvo um sentido diferente de harmonia com a solidão. Me envolvo na Obra Divina e começo a fazer parte da família do amor de Deus e compreendo que eu nunca estive só.
Entendo que Ele esteve sempre atento aos meus passos e, no momento certo fez o chamamento.
Percebo que, por vezes, é importante sofrer as agruras de uma vida material prá entender que a solidão pode significar uma forma de Deus mostrar que você não precisa estar só.
Basta buscar a companhia Dele.