O SOFRIMENTO DA ALMA

Oh amada minha! Menina doce e meiga, bondosa, amorosa, frágil e carente. Não imaginas o quanto me entristece o teu choro, o teu lamento. A tua angústia, a tua tristeza, o teu sofrimento dentro de mim, tem me consumido a cada momento, a cada novo dia. A ansiedade toma conta de mim, me desespero, procuro uma saída, uma solução. As vezes acordo, encho-me de esperanças, olho o horizonte e falo comigo mesmo: esse novo dia trará alívio, trará consigo alegria e você amada minha voltará a sorrir, a ser feliz como fostes um dia, quando tinhas prazer em existir. O teu sorriso e a tua alegria transbordava e para o mundo mostravas, que o amor em ti reinava. Oh amada minha! Sinto vergonha em te dizer que mais um dia findou, a noite chegou e eu, se quer fui capaz de ao menos trazer alívio para tua dor, que infelizmente só aumentou. Mas a noite logo passará e, quem sabe, pela manhã a alegria virá? Oh amada minha, como já foste forte um dia! Não tinhas medo do futuro e o presente encaravas com naturalidade, pois sabias que alguém por ti velava, cuidava, amparava. Hoje te encontras assim: desprotegida, vulnerável, assustada e insegura. Oh amada minha, me perdoe, não desista de mim, pois mesmo tendo fracassado eu estou aqui, não vou te deixar sozinha. Enquanto há vida há esperança, e eu não vou desistir de lutar, com paciência e perseverança vou esperar a felicidade passar, e quando isso acontecer, vou agarrar-lhe com todas minhas forças e trazê-la de volta para você. Amada minha, foi com muita emoção e até confesso que chorei, quando esse texto escrevi, porque você é meu fôlego, minha vida, minha mente, minhas vontades, minhas emoções, a razão do meu existir.

Oh amada minha, quando voltarás a sorrir?

Josildo S Neves