Um gole de absinto
William Shakespeare, me perdoe , mas a realidade é dura e fria como minha alma que clama por revolta e tem que permanecer em silêncio por eras em alguma esquina da noite.
Será que um dia eu irei acordar? Nem sei se é um sonho .
Tudo o que escreveste esta demorando para chegar a minha razão.
Eu ainda acorrento almas, sangro corações e me sinto solitária no meio da multidão que me rodeia, estou sempre distante, e isso é o bastante para não sentir ou pensar em outros lábios a nao ser este com que saboreio a carne de minhas vítimas.
Minhas derrotas são como demônios que me aproximam a cada dia de um abismo sem fim. Ainda estou trancada no outro mundo, e logo serei fecundada na barriga da tragédia.
A única estrada que tenho é um mar morto e infinito, aquele que construir com minhas lágrimas sujas de sangue.
Na minha ilha o sol não existe, apenas o olhar da lua que cobre minha cabeça e esfria meu ardente espirito negro.
As pessoas são cadaveres frios , que confiam nos pecados desta cruel realidade e vivem apenas para isto , que é a unica coisa que lhes importa neste mundo de tamanho egoismo, e eu por fazer parte dele , sou apenas mais uma.
Porém, levo comigo, ainda, minha utopia, que mesmo distante consegue me fazer esquecer de tudo o que eu realmente sou .E é verdade ,meus atos me controlam, por simples furia escrevo e penso em venenosos pecados:como matar, friamente e com prazer.
Ó cruel destino escolhido, ou nem tão cruel assim.
Nunca tive um herói, e os que se disseram ser,me sufocam a noite.
Talvez esta minha crueldade seja um tanto fria e sagnária, sera que sou realmente isso?!
As rosas do meu jardim morreram , e é impossivel plantar-las denovo neste cemitério onde mora uma maldição.
Eu suporto e continuarei a suportar , até que a dadiva que chamam de morte, chegue.
Apenas pessimismo! Nada mais.