HOMENS E MULHERES: TÃO DIFERENTES, TÃO IGUAIS
Eu vou chorar de alegria. Vou sorrir para afastar a tristeza. A alegria assume emoções tão grandes que dificilmente seguramos as lágrimas. Chorar poque um amor chegou, porque um filho nasceu, pelo esforço que nos levou à superação... Sorrir para esconder a dor, vestir a máscara para ninguém ver nossa fraqueza, sorrir para não chorar...
O ser humano muitas vezes é ambíguo ao demonstrar as emoções. A mulher sempre foi mais chorona e isso é bom, porque extravasa a alegria e a dor. Talvez tenha a sensibilidade mais aflorada, talvez seja corajosa o suficiente para demonstrar o estado da alma. Talvez o velho jargão "homem não chora" ainda esteja incrustado no homem moderno. Que já chora, mas ainda tem reservas de se expor.
Nas "confusões" que o amor causa, parece sempre que a mulher sofre mais. Mas ambos, homem e mulher, são seres dotados de sentimentos e, portanto, devem sofrer. A diferença parece residir no fato da mulher ainda associar amor e sexo. Enquanto o homem, dissociando esses dois fatores, se lança à aventuras sexuais buscando, talvez, disfarçar a dor, a mulher fica sofrendo porque não encontra lenitivo só no sexo.
Diferentes maneiras de reagir a uma perda... Porque no fundo ambos são iguais. Sofrem e até que a ferida cicatrize ou o vazio seja preenchido por outra presença, cada um vai vivendo, sofrendo a seu modo, arrastando a mágoa e a tristeza singularmente.