EXALTAÇÃO AO SERTÃO DE ITAPIPOCA

Oh como é belo o sertão de minha terra natal, berço de meu avô Joaquim, de meu querido pai Mariano, dos meus tios: Marciano, Júlio, João, José Gerardo, Araújo e Nonato; das minhas tias: Petronilda, Luiza, Maroca, Antônia, Zumira, Dolores e todos que me são caros. Oh manto sagrado! Como eu poderia te esquecer se o sangue que corre em minhas veias é de um bravo sertanejo, de um guerreiro de lutas incansáveis, de um homem de um perfil incomparável, de um coração sem igual e de um amor grandioso.

Os rios que te cortam e banham são como verdadeiros Oasis no deserto, pela sua importância no apoio as fazendas, em sua maioria na criação de: bovinos, ovinos e caprinos.

Ai como são gostosos e salutares os banhos de rio, nas ribeiras do Missi e Sororô.

O sol que te aquece é mais ardente, mas as tuas noites são mais amenas e mais belas, o teu luar é magnífico e encantador, o teu céu é enfeitado de estrelas brilhantes, que resplandecem em seus campos verdejantes nas estações chuvosas.

O sertanejo é bravo, valente, corajoso e destemido, amansa burro brabo, pega cobra cascavel com as mãos, enfrenta as intempéries e corre atrás dos animais na caatinga passando por cima dos mais diversos perigos.

Oh sertão dos verdes campos, das oiticicas, dos carnaubais, das juritis, das aves de arribação, dos periquitos, dos sabiás, dos canários da terra e das graúnas silvestres a cantar as suas melodias nas lindas tarde de inverno. Tu és sem dúvida a manifestação primorosa do Criador e a revelação de seu amor maior.