A CULTURA DAS VACAS (Aleixenko Oitavo)
A CULTURA DAS VACAS
Se olharmos pelo prisma da verdade absoluta (nossa própria imagem refletida num espelho), veremos que somos comuns; idéias e estampas forjadas pela cultura que recebemos, se recebemos; e quando recebemos.
Fazer sexo, por exemplo, é uma escolha cultural; não venha me dizer que é instintiva, pois se assim fosse, quando do desejo, faríamos como os animais: fudíamos! Ainda que sejamos fudidos pelos políticos.
Outros exemplos de que somos culturalmente moldados: aparência (podíamos simplesmente andar nus); casamento (alguns casam e descasam ao sabor do vento, estes são o nó nas tripas da exceção); escola (ainda que alguns sejam analfabetos depois de anos de escolaridade) e moradia (aqueles que moram em pocilga não se sentiriam felizes em abandoná-la).
Depois desta explanação mais ou menos de uma visão particular vamos à ótica da familiaridade. O senso comum é conhecido do todo, razão de ser comum (lógico!). Porém não dá vaza a que seja do conhecimento total. Desfaz se assim a teoria de que escolaridade e/ou conhecimento adquiridos sobrepujam a educação inata.
Nossa escolaridade é preconceituosa, somos induzidos a seguir a fila, independente se para o abate, para o ostracismo ou para o niilismo. Com raríssimas exceções alguns vão para os quintos do inferno; e lá permanecem até o apocalipse do jantar servido à mesa.
O desenrolar da história da humanidade não passa pela meditação e/ou reflexão de cada individuo, no particular; mas compreender esta história é uma prova de conhecimento adquirido; o que aliado à educação inata faz deste individuo mais um induzido à igualdade como ser humano.
Alguém disse que as vacas é que são iguais; e gente é gente porque é diferente. Será?
(março/2009)
Por ALEIXENKO OITAVO, Primeiro Ministro do Reino de Gorobixaba