O anjo da minha vida
Às vezes temos pensamentos que parecem loucuras. Pensamos e calamos...
Se comentamos com algum conhecido, vem uma interpretação que sentimos não atingir o alvo. Uma dessas loucuras, conto agora. Sonho há muito tempo, desde jovem, ser cuidado por uma ama negra, de peitos fartos, bem grandes. Desde logo esclareço: não é uma criada é uma segunda mãe. Sinto, sinceramente, que esta ama, cuidando de mim, vai sempre me acordar com o cafezinho na cama. Depois, providenciando meu banho, enxugando-me com uma grande toalha felpuda, empoando-me com talco, me daria muita satisfação. Providenciaria meu almoço, com muito carinho. Me faria dormir à tarde, e à noite me contaria histórias da terra onde nasceu e de sua longa vida. Sim, esta ama negra , de peitos fartos, nos meus sonhos, seria uma senhora bem entrada nos anos, mas bem “sacudida” , com ótima saúde, bom humor e sorriso franco. Seu rosto é liso e bem lustroso. Seria uma mãezona. Voltaria a me sentir uma criança na minha caminha e ouviria de novo as canções de ninar. Essa carência, ou essa saudade do que não tive sempre me acompanhou.
Na adolescência, tive por duas vezes um vislumbre muito nítido: como num clarão repentino, me vi na janela de um quarto. Esta janela ficava no telhado da casa, muito comum em casas da Europa. A sensação muito clara é que vivi em um quarto assim, como a imagem que ilustra esta crônica. A grande surpresa é que até então não sabia da existência de casas desse tipo.
É possível que meus dois pensamentos se liguem de alguma maneira e tenham alguma explicação. Mas há mais mistérios na vida do que imagina nossa vã filosofia, já disse o poeta...
Nos meus sonhos mais loucos, ainda quero ter essa ama, quando chegar na minha alta velhice. Rezo, contrito, para aparecer essa mãezona. Tem que ser negra e de peitos muito grandes, só assim me serve. E a sensação mais gostosa é de que essa senhora, que ainda vai aparecer, para me cuidar, será uma amiga adorável, uma amiga de verdade. Será o anjo da minha vida e que me conduzirá, com suavidade, para o infinito...
Gdantas
Às vezes temos pensamentos que parecem loucuras. Pensamos e calamos...
Se comentamos com algum conhecido, vem uma interpretação que sentimos não atingir o alvo. Uma dessas loucuras, conto agora. Sonho há muito tempo, desde jovem, ser cuidado por uma ama negra, de peitos fartos, bem grandes. Desde logo esclareço: não é uma criada é uma segunda mãe. Sinto, sinceramente, que esta ama, cuidando de mim, vai sempre me acordar com o cafezinho na cama. Depois, providenciando meu banho, enxugando-me com uma grande toalha felpuda, empoando-me com talco, me daria muita satisfação. Providenciaria meu almoço, com muito carinho. Me faria dormir à tarde, e à noite me contaria histórias da terra onde nasceu e de sua longa vida. Sim, esta ama negra , de peitos fartos, nos meus sonhos, seria uma senhora bem entrada nos anos, mas bem “sacudida” , com ótima saúde, bom humor e sorriso franco. Seu rosto é liso e bem lustroso. Seria uma mãezona. Voltaria a me sentir uma criança na minha caminha e ouviria de novo as canções de ninar. Essa carência, ou essa saudade do que não tive sempre me acompanhou.
Na adolescência, tive por duas vezes um vislumbre muito nítido: como num clarão repentino, me vi na janela de um quarto. Esta janela ficava no telhado da casa, muito comum em casas da Europa. A sensação muito clara é que vivi em um quarto assim, como a imagem que ilustra esta crônica. A grande surpresa é que até então não sabia da existência de casas desse tipo.
É possível que meus dois pensamentos se liguem de alguma maneira e tenham alguma explicação. Mas há mais mistérios na vida do que imagina nossa vã filosofia, já disse o poeta...
Nos meus sonhos mais loucos, ainda quero ter essa ama, quando chegar na minha alta velhice. Rezo, contrito, para aparecer essa mãezona. Tem que ser negra e de peitos muito grandes, só assim me serve. E a sensação mais gostosa é de que essa senhora, que ainda vai aparecer, para me cuidar, será uma amiga adorável, uma amiga de verdade. Será o anjo da minha vida e que me conduzirá, com suavidade, para o infinito...
Gdantas