AS DORES DA ALMA
Começa devagarinho. No início são pequenos estados de tristeza que, quando jovens, atribuímos às desilusões amorosas, a algum plano que não certo... Com o passar do tempo, avançando nas trilhas da vida, aquela pequena tristeza passa a ser constante e se transforma numa dor que angustia. É como uma faca que perfura nosso peito em determinadas horas do dia. Não é ocasional. É uma dor permanente sem causa aparente. Na maturidade parece se acentuar. Seria a constatação que muitos sonhos se frustraram? Que nossos planos não se concretizaram? A impotência para resolver situações que fogem ao nosso controle? Não! É mais profundo. É algo que parece não ter explicação lógica ou aparente. Não é uma dor física, mas a gente "sente" o peito doer. E não há bisturi de cirurgião que possa extirpar. É um sofrimento agudo, persistente, que vem dos recantos mais profundos da alma. Lembranças de uma vida mais feliz? Saudades dos seres amorosos que não nos acompanharam nessa existência? Culpas e complexos de outras vidas?
Explicações existem várias. Explicações científicas, explicações espirituais. Talvez seja um somatório das duas, uma vez que somos seres duais e nosso espírito, encarcerado num corpo de carne, frente as agruras da vida sente saudades do que já vivenciou e deseja retornar ao jardim do Éden. Existe um livro psicografado por Francisco do Espirito Santo, com mensagens de Hammed, que tem o mesmo nome desta crônica "As dores da alma". De grande valia, esclarece, consola e alenta a alma daqueles que buscam amenizar a dor e, quem sabe, acabar com essa angústia que tanto judia nossa alma.