O Jovem Filósofo

O Jovem Filósofo

Diógenes era um jovem Filósofo, que tinha a fama de ser muito questionador. Nunca aceitava nada de imediato. Ele todos os dias ia à praia, e notava que: o sol, a cada dia se encontrava numa posição mais sublime. Ele queria entender isso. Como o sol a cada dia se refazia. Nunca revolvia as dores do dia anterior; para o sol o que passou, passou – acabou!

Via que o sol estava sempre disposto a ser: simplesmente Sol. Sempre se erguendo. Para o sol não importava se o dia anterior foi bom, ou ruim. Estava sempre lá.

E lá ficava, todo o entardecer; com o sol a conversar, todos os dias. Sempre a meditar, e depois andava pela areia, escolhia uma pedra e lançava ao mar a mesma.

Certo dia um dia um garoto o questionou:

“por que você vem, todos os dias a praia, medita e, ao fim joga uma pedra na água? É um desejo”?

Ele riu: “Não”, disse o filósofo “Eu apenas gosto de pensar, e depois de muito, eu jogo esta pedra ao mar, nela vão muitas Ilusões. Pois eu tenho muitos problemas. Assim eu vou me libertando a cada dia de um deles. Tenho muitas lembranças – de uma vida que não vivi, que o meu coração, sente e não entende”.

Disse ainda: ”Você, pequeno garoto, é uma pessoa muito inteligente, pois ao notar isso, viu o quão difícil é minha vida... ‘Hoje sei que, um homem pode ser feliz sim, com suas escolhas’ quando ele decide esquecer um passado remoto e dá um vértice na vida. Uma nova jogada. Vejo isso, sim”.

Assim eles começaram uma linda História. Uma amizade sadia. Os dois trocavam: Ensinamentos e Sabedoria. Iam compreendendo um pouco do que era o homem – uma fonte instigante, que reúne um mar de incompreensões. Que muito engatinha, para agalgar dias ulteriores, a fim de alcançar uma felicidade plena.

Um crepúsculo fizera anoitecer; mas sem antes formar uma boa amizade.

Já em casa, o garoto lembrou-se de duas frases que dissera o jovem filósofo, a primeira era: “o princípio da sabedoria está em não ser. Abnegue o fato de não ser algo, para ser algo” (do autor deste conto: Ramos, Fábio de Oliveira), já a segunda frase era do filósofo Alemão Friedrich W. Nietzsche, que diz: “Amamos mais o desejo que o ser desejado” Explica o porquê de tantas perdas em nossas vidas, pois ao focarmos algo (que nos ilude) perdemos o sentimento pelo que já conquistamos.

Ao passo que, o menino estava captando todos os ensinamentos.

Ele viu imensa sabedoria nos laços do, ainda jovem, amigo Filósofo. Dai em diante, colaram uma longa amizade, entre os dois.

Apesar de solitário, o jovem Filósofo era muito conhecido. Era uma fonte de Sabedoria, que todos almejariam ser. E o menino era um bom questionador; era a peça fundamental a qual o Filósofo buscava, para passar esse conhecimento adiante.

Fabinho Oliveira
Enviado por Fabinho Oliveira em 26/09/2011
Reeditado em 20/01/2012
Código do texto: T3242200
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