Uma crônica para Edite Silva
Edson Gonçalves Ferreira
Edson Gonçalves Ferreira
Conheci Dona Edite Silva quando ainda era curto das pernas. Ia sempre até a casa dela para buscar verduras. Meus pais eram amigos do clã Silva e ela morava ao lado da ponte do Niterói, num sobrado delicioso e, no quintal, cultivava hortaliças como agrião de que meu pai adorava tanto. Eles eram amigos de verdade. Uniam-se em torno das Letras e da Música e, até em Itaúna, onde um dos irmãos da Dona Edite tinha um hotel, eu ia com meu pai e era uma festa só.
Quando cresci, virei colega da Dona Edite Silva que, como cronista, passou a ocupar uma cadeira na Academia Divinopolitana de Letras a qual eu também pertenço. Convivi com ela, portanto, muito, contando que desde a infância, eu recebia o carinho e a atenção dela e, também, de seu irmão Ivan Silva que, por sinal, era músico também e, como eu, escrevia colunas no Jornal Agora. Ele chegara primeiro e eu, como sou mais jovem, cheguei depois e fui acolhido da mesma forma com que a família Silva, até hoje, me acolhe: regiamente.
Dizer que chorei pelo passamento de Dona Edite Silva seria mentira, mas meu coração sangrou. Este ano, perdi muita gente amada: Ione Assis, José Lindolfo Fagundes, Dona Expedita Brandão Vieira e, agora, Dona Edite Silva que, nas minhas lembranças, ainda lê suas crônicas na Rádio Cultura que, hoje, se chama Rádio Minas. A figura elegante dela, sempre maquiada, cabelo arrumado e espirituosa não vai sumir da minha memória e, queira Deus, até da História de Divinópolis que, ano que vem, completa 100 anos de emancipação política.
Na minha memória afetiva, Dona Edite Silva ainda é aquela senhora jovem que, ao som da cachoeira do rio Itapecerica, atendia o menino magrinho chamado Edson que, feliz, chegava até sua casa para buscar verduras e, gentilmente, era recebido com biscoitos e um cafezinho gostoso. Dona Edite Silva não morreu, ela se encantou como sempre nos encantou com suas crônicas. Um beijo, Amiga!
Divinópolis, 26.09.2011
Quando cresci, virei colega da Dona Edite Silva que, como cronista, passou a ocupar uma cadeira na Academia Divinopolitana de Letras a qual eu também pertenço. Convivi com ela, portanto, muito, contando que desde a infância, eu recebia o carinho e a atenção dela e, também, de seu irmão Ivan Silva que, por sinal, era músico também e, como eu, escrevia colunas no Jornal Agora. Ele chegara primeiro e eu, como sou mais jovem, cheguei depois e fui acolhido da mesma forma com que a família Silva, até hoje, me acolhe: regiamente.
Dizer que chorei pelo passamento de Dona Edite Silva seria mentira, mas meu coração sangrou. Este ano, perdi muita gente amada: Ione Assis, José Lindolfo Fagundes, Dona Expedita Brandão Vieira e, agora, Dona Edite Silva que, nas minhas lembranças, ainda lê suas crônicas na Rádio Cultura que, hoje, se chama Rádio Minas. A figura elegante dela, sempre maquiada, cabelo arrumado e espirituosa não vai sumir da minha memória e, queira Deus, até da História de Divinópolis que, ano que vem, completa 100 anos de emancipação política.
Na minha memória afetiva, Dona Edite Silva ainda é aquela senhora jovem que, ao som da cachoeira do rio Itapecerica, atendia o menino magrinho chamado Edson que, feliz, chegava até sua casa para buscar verduras e, gentilmente, era recebido com biscoitos e um cafezinho gostoso. Dona Edite Silva não morreu, ela se encantou como sempre nos encantou com suas crônicas. Um beijo, Amiga!
Divinópolis, 26.09.2011