PRETENDER SER CÉLEBRE; POR QUÊ?
Qual a necessidade de querer ser célebre?
Seria para aumentar sua autoestima, que é reconhecidamente baixa? Estou que sim, a necessidade, sob esse ângulo, é padrão de deficiência.
Ninguém ajustado e centrado na vida desconhece sua caminhada e seus alcances. A fama é perseguida para aumento da fortuna e geração dos confortos que trazem a abundância de moeda, acrescida da realização pessoal originária do dom.
Artistas de todas as áreas muitas vezes repelem a fama quando alcançada, mas os verdadeiros artistas. Há e muito aqueles que pensam serem artistas e vivem a lamentar-se por não serem “reconhecidos”. Mas só se reconhece quem tem merecimento, isso a vida prova e demonstra.
Alguns pobres coitados, o que raia e já se torna sinônimo de doença visível e clara, vivem fervilhando nesse caldo indigesto de suas aptidões inexistentes, de ninguém conhecidas ou reconhecidas, dons de investidura própria, e martelam sempre na mesma vontade de que todos os aplaudam quando nada têm para serem aplaudidos, a não ser troca de meia dúzia de iguais.
Não se trata de egolatria, doença de caráter, mas de problema sério vivencial.
E quanto se vê dessas personalidades, até mesmo em blogues criados para lamentarem a ausência do reconhecimento imerecido, pelo que mostram, nada de relevante ou aproveitável, postura que se torna intragável pela repetição enfadonha. Só a "pretensão da celebridade" não percebe...
E alguns alardeiam seus méritos irreconhecidos pelas editoras, em cantilena exausta, outros batem em nosso correio com suas "obras", insistentemente, ainda outros têm na ficção, na mera vontade, "livros" que não foram sucesso, nem poderiam ser.....'literatura aliada ao sucesso" é coisa para poucos, "fazer livros" é outra, qualquer um faz. Mas por vezes "livro" nem mesmo editado. É preciso ter noção....de algo...de alguma coisa..."cair a ficha" como se diz no popular.
Poucos artistas de talento deixaram de ser reconhecidos. Bom de dizer, os que se esconderam foram os gênios, buscados pelos mecenas das artes, na escultura, na pintura e até mesmo na literatura, passando pela música, linguagem universal.
Temos variados graus desse mérito, o reconhecimento da excelência. Kant se escondeu em sua pequena Kronesburg, dando aulas, de lá para nenhum lugar saiu, mudou o sentido de pensar a liberdade, foi ACHADO por seu talento.
Khalil Gibran, cem anos depois de morto foi celebrizado pela obra que reputo uma das maiores já escritas, “O Profeta”.
Não é possível que a “literatura” de rodapé, anã, fique pretendendo ser reconhecida sem nenhuma justificativa. Esse estado de coisas que marca a internet contemporaneamente faz realçar ainda mais a insciência.