A presidenta do Brasil na Assembléia-Geral das Nações Unidas

“Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos

anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seus entorno regional.”

Dilma Rousseff

Em quase meia hora de um discurso incisivo e repleto de recados e reivindicações, no dia 21 de setembro, na sede das Nações Unidas, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que há o risco de a crise econômica mundial se transformar numa “grave ruptura política e social”. Ela defendeu enfaticamente a criação do Estado Palestino e afirmou que o Brasil está pronto para integrar, como membro permanente, o Conselho de Segurança da ONU.

Como primeira mulher a discursar na abertura da Assembléia-Geral da ONU, Dilma foi aplaudida, sobretudo, quando reafirmou em seu discurso a posição do País a favor do reconhecimento do Estado palestino.

Através das comunicações radiotelegráficas internacionais e baseado em fontes bibliográficas, me foi possível a elaboração de um trabalho onde em coincidência com o momento atual, em setembro de 1973, as quais eu resumo a origem e Independência de Israel. Para muitos escritores e pensadores, Israel representa o elemento modernista na vida do Oriente Médio, esforçando-se para alcançar o progresso através do racionalismo científico. Em sua história, foi Jerusalém sua capital por três vezes: a primeira de 1.000 AEC até a destruição do Primeiro Templo em 587 (era ela a capital do Reino de David e de seus sucessores); a segunda, de 515 AEC até a destruição do Segundo Templo em 70 DEC;

A terceira, em 1948.

Jerusalém, em todos os outros tempos foi governada por estrangeiros: babilônios, sexto século AEC; gregos no século dois AEC; romanos nos anos 70 a 324 DEC; bizantinos de 324 a 614 e persas (breve período); árabes, de 639 a 1099; cruzados, de 1517 a 1917; ingleses de 1917 a 1948. Entre 1948 e 1967, uma parte da cidade era governada pela Jordânia... Jerusalém é hoje:

- uma cidade aberta;

- uma cidade na qual estão garantidas a liberdade religiosa e a proteção aos lugares santos;

- uma cidade sob a autoridade de um único governo, autóctone e não estrangeiro;

- uma cidade gozando de uma prosperidade que desconheceu por dezenove séculos.

Quando o político e diplomata brasileiro Osvaldo Aranha presidiu entre 1947 e 1948, a Assembléia das Nações Unidas, desrespeitou todas as normas do direito internacional, até afrontar a Carta das Nações, que não lhe permitia inventar países ou estados que logo a seguir passassem a ter direito a voto.

O presidente americano, Barack Obama não estava presente quando Dilma falou. Ele entrou, logo depois dela terminar seu discurso. Ao final, o presidente dos Estados Unidos afirmou na Assembléia-Geral das Nações Unidas que “Há um ano, aqui desta tribuna, eu defendi a criação do Estado palestino. Eu acreditava então, e continuo acreditando que o povo palestino merece ter seu Estado. Mas eu também disse que a paz genuína só pode ser alcançada entre os palestinos e os israelenses por eles mesmos. A paz não virá por meio de declarações e resoluções na ONU. Se fosse tão fácil, já teria sido feito.” O seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, não está garantido? Ou fica difícil, hein?

* Formado em comunicações internacionais, escritor, teatrólogo, poeta, colunista do Literário e rei do Maracatu Barco Virado. Como escritor e poeta, tem trabalhos publicados nos jornais: Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e em vários sites... Tem 11 títulos publicados, todas edições esgotadas.

José Calvino
Enviado por José Calvino em 25/09/2011
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