A palavra distancia ou aproxima as pessoas?
Ser sincero e dizer a verdade ou alterar algumas coisas para que não se perca alguém? Meias palavras bastam? E meias verdades, são suficientes? Conter sentimentos, ocultar verdades, reprimir incômodos e optar por calar-se sempre que existir o medo em dizer algo que talvez seja necessário? Seja para evitar problemas, não machucar alguém, não ter certeza do que dizer ou por correr o risco de entenderem errado. Ou então pelo desconforto, por não saber ao certo qual será a reação das pessoas ou simplesmente por soar estranho, sem nexo. Palavras são necessárias. Falar é necessário. Mesmo que não saibamos as consequências, o efeito e o peso de nossas palavras. Ser aberto e sincero com as pessoas ao nosso redor faz com que possamos ser, além de tudo, verdadeiros. É o melhor caminho para que possam nos entender e, também, nos ajudar. Não há razão para escondermos palavras que podem ou não mudar, fazer a diferença, melhorar. Mesmo que corramos o risco de que não seja do modo bom essas mudanças, precisamos ser ouvidos, assim como também podemos ouvir. Não se trata apenas de palavras, mas da oportunidade que elas nos dão para que possamos nos expressar. E não há erro maior do que nos mantermos em silêncio. O silêncio também ecoa; e machuca.