DO EROTISMO AO OBSCENO

Um texto erótico não é, necessariamente , o que trata de assuntos sexuias ou está recheado de menções sensuais e atos obscenos. Um texto erótico não tem que incluir descrições de atos sexuais e suas facetas. Também não é uma coletênea de depravações e de vocábulos de baixo calão.

Na maioria das vezes o texto erótico fala de sentimentos sensuais, das satisfações libidinosas ou coisas fins. O sexo sempre esteve presente no cotidiano das criaturas. Sexo é vida, é sinal de vitalidade, proporciona prazer e é responsável pela perpetuação de todas as espécies do planeta. Talvez, se o prazer não estivesse associado à reprodução, houvesse desinteresse pelo coito entre criaturas de sexos opostos. Aí a reprodução estaria ameaçada, podendo provocar o despovoamento da Terra.

O texto erótico quando respeita a semântica é esplêndido. Porém, quando descamba para outros sentidos, pode se tornar obsceno, ou seja, instigador de infâmias. A generalização das obscenidades podem atrapalhar ou viciar de forma negativa a vida de uma sociedade, de uma nação.

Não é o que ocorre no tocante a sensualidade ou erotismo. Entretanto, o que se assiste nos últimos tempos é um festival de obscenidades, de imoralidades políticas praticadas pelos figurões da república, administradores públicos e parlamentares. Se semanticamente não tem muito a ver com erotismo, as imoralidades praticadas por esses senhores são obscenidades que contaminam e viciam toda uma sociedade, levando uma nação inteira ao vício dos maus comportamentos, da estupidez, da corrupção