Luz? Luz!
Noite anterior a viagem, o rebuliço mexe e remexe, com a mente. Famigerada, mente! Os pensamentos excursionam por ela! Conversam entre si:
“Será que vai dar tudo certo?”
“Como estará o tempo? Frio! Calor! Melhor levar agasalho! Chover? A moça do tempo falou que o céu vai estar parcialmente nublado, mas, nada de chuva!”
E a enxurrada de pensamentos continua, e, o sono desaparece!
A noite se esvai! O dia amanhece! Noite de insônia! Hora de levantar!
Excursão! Interior para a capital! São Paulo abre os seus braços para os caipiracicabanos. Manhã movimentada com a missa no Mosteiro de São Bento e a visita ao mercadão. Após o almoço regado a pastel de bacalhau passeio pelo centro velho da capital. A turma chega ao reduto da “Última flor do Lácio, inculta e bela”, o conhecido e reconhecido: “Museu da Língua Portuguesa”. Na bilheteria a fila mostra; o quanto o museu é procurado por visitantes. Passam pela portaria e chegam ao elevador panorâmico, e dali se pode ver a escultura da “Árvore de Palavras”. Ela 16m de altura foi imaginada por Rafic Farah.
Na árvore, palavras de vários idiomas, que contribuíram para a formação do português, e, do português falado no Brasil, palavras em português e a representação de objetos e animais. Uma beleza de escultura!
Passam pelos 106m de extensão da galeria das projeções, onde os filmes mostram a Língua Portuguesa no cotidiano e na história de quem a exercita como falante.
Marisa entusiasmada, fala: “Nem acredito que estou andando por este corredor! Nem acredito que estou aqui!”
De repente, um golpe letal nos excursionistas. Tudo se apagou! A escuridão tomou conta do ambiente. Espera! Os computadores foram desligando um a um!
Todos vão a bilheteria carimbar os ingressos motivados para regressarem com o retorno da energia elétrica.
Isto não vai acontecer. O problema é mais sério do que pensavam os funcionários do museu.
“Na estação da Luz, na Praça da Luz, no Bairro da Luz ficamos sem luz!” brincou a Marly