DILEMA INTERIOR
Ando tão pensativa, meu senso crítico pessoal anda extremamente aguçado, porém é através dessa autocritica que me conheço de verdade, que assumo o que eu sou e idealizo o que gostaria de ser. Mas sinceramente, não tenho gostado de ver esse reflexo distorcido de MIM MESMA. Não existe situação mais intrigante e incoerente do que VOCÊ PRÓPRIO se julgar, mas tenho convivido diariamente com essa incoerência. Vivo em um eterno dilema de cobranças COMIGO MESMA, em determinados momentos me cobro tanto que tudo se torna intolerável DENTRO DE MIM. Redundante não é mesmo?? Mas quando se trata de um “eu” interior é redundante e complexo realmente.
Mas diante dessa complexidade, surgem alguns questionamentos: até que ponto o que eu julgo ser defeito é realmente uma falha?? Como posso ter consciência de algo ou situação que minha consciência não vê, que meus ouvidos não escutam e que esta literalmente fora do alcance da minha visão?? Como mudar o imperceptível?? A autocritica realmente funciona tomando como base esses parâmetros?? Tenho lá minhas dúvidas.
Certa vez li a determinada frase "O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é o que formula as verdadeiras perguntas." Ai surge mais alguns questionamentos. Desde quando existe VERDADEIRAS perguntas, se elas são apenas perguntas?? Ser sábio é apenas julgar situações?? Para mim ser sábio é achar resoluções para os questionamentos e principalmente colocá-los em prática. De nada adianta ter perguntas se você não consegue respondê-las.
Diante de tantas dúvidas, a única questão que respondo com convicção é que ninguém é sábio o bastante que consiga resolver tudo sozinho, todos nós precisamos de sinalizações, fato. Mas mesmo tendo essa certeza, ainda assim minha autocritica continua aumentando cada vez mais e percebo minha ignorância, dai entendo que coerente mesmo é permitir-se refletir e achar estratégias para mudar o que deve ser mudado, agora quanto a identificar essas mudanças, assumo, não estou pronta para apontar TODAS elas, mesmo assim querendo. As vezes queria ter menos consciência, pois só assim conseguiria me libertar de mim mesma.